A Brigada Militar faz buscas aos ladrões que atacaram no início da tarde de hoje, a agência bancária em Monte Alverne, em Santa Cruz do Sul, distrito que faz divisa com Venâncio Aires.
Os bandidos atacaram a agência do Sicredi, onde fizeram um cordão humano e dispararam tiros contra a agência. Existe a possibilidade de haver reféns. Brigada Militar informa que o bando fugiu em direção a Linha Marechal Floriano, interior de Venâncio.
Eles teriam fugido em um Ônix de cor vermelha, no entanto, o veículo já foi incendiado. Informações ainda desencontradas dão conta de que agora eles já estariam usando o quarto veículo.
A Brigada Militar e a Polícia Civil de Venâncio Aires montam cercos no interior com intuito de capturar os bandidos. A capitão da BM Michele Vargas já acionou o batalhão aéreo.
Subprefeito fala sobre momentos de tensão
O subprefeito de Monte Alverne, Mauri Frantz, conversou com a reportagem da Folha do Mate na tarde de hoje e relatou os momentos de tensão vividos pela comunidade local. Conforme ele, para a formação do cordão humano foram utilizadas aproximadamente 15 pessoas.
“Um assaltante no meio daquele cordão humano estava com uma arma grande”, completa. Ele diz que ouviu de dois a três tiros. “Um tiro pegou em um carro que estava estacionado em frente a subprefeitura”, conta. O prédio fica a duas quadras do banco.
Frantz ainda relatou que dois clientes da agência foram atingidos, um com estilhaços de vidro e outro com um coronhada na cabeça. “Quando eles saíram da agência não deram tiros, apenas levaram reféns que logo soltaram em Linha Antão, divisa com Venâncio”, relata.
O último ataque em agência bancária em Monte Alverne foi aproximadamente há dez anos.
“É bem traumático estar ouvindo tiro e tiro, mas não poder agir. Não se sabe direito onde ir. Todo mundo estava apavorado.”
MAURI FRANTZ
Subprefeito
Um dos veículos usados para fuga era do padre Irineu
Era para ter sido uma ida tranquila de Linha Brasil, interior de Venâncio, ao município de Santa Cruz do Sul. No entanto, o trajeto do padre Irineu Sehnem foi interrompido quando chegou sobre a ponte do Arroio Castelhano, na divida da Capital do Chimarrão com Monte Alverne. Local onde os bandidos estavam iniciando o incêndio do Onix utilizado no assalto à agência. “Pensei que fosse um acidente”, relatou.
Ele conta ainda que os bandidos atiraram em um dos pneus do Gol que conduzia, mas quando se deram conta que haviam perdido a chave do veículo em que estavam, precisaram usar o Gol. “Eles me mandaram sair correndo em direção a Monte Alverne. Tive que passar ao lado do carro em chamas”, lembra. Irineu comenta que três estavam com os fuzis, usando touca ninja e ao todo eram cinco indivíduos.
O carro do padre foi abandonado logo depois em Linha Antão.
“Eles só me mandaram sair correndo em direção a Monte Alverne.”
Irineu Sehnem
Padre
