Após garantir credenciais para participar da plenária de abertura da Conferência das Partes da Convenção Quadros (COP6), que ocorreu ontem em Moscou, na Rússia, o setor do tabaco teve que deixar o local do evento. A medida foi tomada após a comitiva da Austrália afirmar que empresas cigarreiras estavam entre os participantes na platéia, e que desta forma, o público não poderia continuar no plenário, um vez que o evento busca discutir formas de coibir o consumo de cigarro no mundo.
Como forma de repressão, foi aprovada pelas demais delegações, inclusive do Brasil, a retirada das credenciais para o público. Desta forma, somente representações governamentais poderão assistir as discussões sobre os artigos que buscam efetuar um controle no consumo de cigarro e que será votado, para depois ser convencionado entre os mais de 170 países integrantes da conferência. Esta discussão sobre o credenciamento ocorreu ao longo de toda a segunda-feira, 13.
A ação da mesa diretora da conferência, presidida pelo o coreano Moon Chang-jin, gerou pausas ao longo do primeiro dia da COP6, porém, foi confirmada e cerca de 50 pessoas que eram ouvintes da sessão de abertura dos trabalhos foram conduzidas à saída.
O movimento, foi apontado pelo presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schünke, como ato antidemocrático e acabou gerando protestos.
Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 14/010/2014.