Os próximos dias serão marcados pela música, grafite e muita cultura nas ruas de Venâncio Aires. A Organização Não-governamental (ONG) Consciência e Atitude (Coat) promove a Semana do Hip Hop na Capital do Chimarrão. O evento, em alusão ao 12 de novembro, Dia Municipal do Hip Hop, inicia nesta terça-feira, 8, e encerra no sábado, 12.
Amanhã, das 9h30min às 11h e das 14h às 15h30min, haverá programação na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Pedro II, de Linha Hansel. Quarta-feira, 9, o evento chega à Escola Estadual de Ensino Fundamental Zilda de Brito Pereira, no mesmo horário. No sábado, 12, à tarde será realizado grafite na Praça Henrique Bender, a Praça da Bandeira e, à noite, mais uma edição da Batalha de Rimas, no mesmo local.
Segundo o produtor cultural e coordenador da Coat, Djalma da Silva, o hip hop está presente em Venâncio Aires desde o início dos anos 90 e a cultura é formada por quatro elementos artísticos: dança break, música rap, discotecagem do DJ e pinturas de grafite. “E, ainda, por um quinto elemento, o conhecimento”, enfatiza.
A cultura
Em Venâncio Aires, o hip hop, assim como em outros locais do país, é praticado, principalmente, em bairros e periferias. Djalma afirma que a Coat tem presença constante em escolas e centros comunitários e, por meio das artes, os adeptos encontram espaços para expressar sentimentos. “O rap, por exemplo, geralmente possui batidas fortes e marcantes, com letras que denunciam problemas sociais vividos, diariamente, pelos moradores das periferias. As letras contêm, ainda, desabafos e relatos contundentes, além de motivação, espírito de luta e resistência”, explica.
O produtor cultural afirma que foi uma grande vitória para a cultura a aprovação da Lei número 0047/2021, que institui o 12 de novembro como Dia Municipal do Hip Hop. “O movimento nunca precisou de leis para acontecer, mas, com isso, o hip hop se torna, oficialmente, parte cultural do município”, relata.
“O hip hop tem o poder de despertar a atenção e atrair jovens e adolescentes e, dessa forma, se torna uma ferramenta incrível de inclusão e transformação social.”
DJALMA DA SILVA
Coordenador da Coat