O Clube CTA de Venâncio Aires sedia nesta quarta-feira, 8, um seminário estadual para discutir a erradicação do trabalho infantil e o ensino profissional para adolescentes. Com o tema ‘Trabalho Infantil, Proteção Social e Aprendizagem Profissional’, o evento conta com representantes do Ministério do Trabalho, do Judiciário, de empresas, de entidades e do poder público de diversos municípios do estado.
Cerca de 500 pessoas participam da atividade, promovida pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FEPETI) e pelo Fórum Gaúcho de Aprendizagem Profissional (FOGAP). Além da erradicação do trabalho infantil, um dos pontos mais discutidos foi a aprendizagem profissional para jovens.
Segundo Roberto Padilha Guimarães, coordenador nacional de Combate ao Trabalho Infantil do Ministério do Trabalho, muito já se evoluiu, mas a conscientização precisa ser mais trabalhada. “A educação e a aprendizagem profissional são um caminho importante. É preciso pensar o futuro e pensar que, até os 14 anos, tem que se focar na educação. E dos 14 aos 17, tem aprendizagem profissional, como uma alternativa para aquele jovem que precisa ajudar em casa, mas que também precisa entender que o estudo deve continuar.”
Guimarães chamou atenção para se buscar cada vez mais o envolvimento de toda sociedade para um trabalho em rede, o que também foi comentado pela secretária estadual da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social, Márcia de la Torre. “Nós temos hoje 14% da população gaúcha em situação de pobreza e sabemos que a miséria é a mãe de todas as violências. Então é preciso trabalhar essa rede, entre poder público, empresários e entidades, para criar alternativas de aprendizagem profissional para os jovens”, afirmou a secretária.
Projetos
Além de representantes de prefeituras, associações e conselhos tutelares, o seminário conta com a participação de empresários, muitos deles de tabacaleiras, as quais integram projetos que já trabalham a questão da mão de obra infantil e o ensino profissional de jovens. “Esse problema não é apenas da cadeia produtiva do tabaco ou do campo, mas está em vários lugares. Por isso que eventos assim são importantes, porque trazem para o debate a visão de várias esferas. É algo construtivo, para se pensar cada vez mais na educação do jovem associada a uma aprendizagem profissional”, destacou a diretora administrativa da CTA, Angela Fischer.
Nesse sentido, Angela citou a parceria da empresa com programas, como o Ser Mais Feliz na Escola (atualmente em Passo do Sobrado), o Crescer Legal (do SindiTabaco) e como parceira da Ong Paresp de Venâncio Aires. “Vai além de trabalho e educação. São ações sociais que trabalham vários aspectos e que também podem fazer a diferença.”
