Diversas categorias do funcionalismo gaúcho aderiram ontem, durante Assembleia Geral Unificada, a paralisação chamada de ‘greve de alerta’ durante três dias, a contar de hoje. O ato, realizado no Largo Glênio Peres teve a participação de 21 mil participantes, segundo a Brigada Militar da Capital, de 40 sindicatos. De Venâncio, estiveram participando cerca de cem professores, além agentes da Policia Civil.
A paralisação de três dias trata-se de uma das respostas dos servidores às medidas adotadas pelo governador José Ivo Sartori para enfrentar a crise financeira do Rio Grande do Sul, especialmente, o parcelamento de salários.
O Cpers/Sindicato afirmou que essa é apenas uma greve de alerta e que não estão descartadas outras mobilizações. Caso o salário volte a ser parcelado no dia 31 de agosto, deve haver uma nova paralisação em setembro. “A nossa força será parar e voltar em conjunto com todo o serviço público. Os servidores públicos do Rio Grande do Sul agora são um só”, declarou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
De acordo com o diretor do 18º Núcleo do Cpers/Sindicato, Renato Aldo Müller, a decisão veio da falta de respostas às demandas da categoria, sendo que a opção por parar por três dias foi de chamar a atenção da sociedade e do governo. “Se no final do mês, ele parcelar os salários de novo, nós novamente cruzaremos os braços.” Ele reclama dos prejuízos que as medidas adotadas pelo governo gaúcho trazem aos servidores, que veem sua profissão ser desvalorizada.
Aderiram à paralisação cerca de 40 categorias, dentre elas estão também: o Sindicato dos Técnicos Científicos do Estado, o Sindicato dos Servidores Públicos e a Associação dos Fiscais Agropecuários.
EM VENâNCIO (Confira abaixo a decisão de cada escola)
No município, enquanto alguns educandários ainda decidem nesta manhã se vão aderir ou não à greve, outras, devem seguir normalmente com os horários de aula, como é o caso da escola Wolfram Metzler, no bairro Bela Vista.
Já na Delegacia de Polícia Civil apenas casos graves serão atendidos, como homicídios, estupros, violência contra crianças e idosos; viaturas, por exemplo, não serão vistas pelas ruas.
Os servidores penitenciários da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires, por sua vez, manterão apenas o trabalho básico, como fornecimento de alimentação e produtos de higiene e limpeza; assim como apenas será permitido uma visita por preso. Os agentes também não realizarão transporte de presos e não permitirão o banho de sol.
ESCOLAS DA REGIãO
Em Mato Leitão, o Colégio Estadual Poncho Verde terá aula normalmente hoje pela manhã. Uma definição sobre adesão ou não a paralisação de três dias deverá ocorrer somente após reunião dos professores.
Já em Vale Verde, a diretora da escola Curupaiti, Rovena Dettenborn afirmou que haverá uma reunião na manhã de hoje com os professores para decidir se paralisam ou não. Em Passo do Sobrado, a escola Alexandrino paralisou durante os três turnos ontem, mas deve ter aula normal hoje. Amanhã, o diretor Marlon Weber afirmou que haverá uma reunião com os diretores para decidir sobre a paralisação.
Em Monte Alverne, o Colégio Estadual Monte Alverne terá aula normal hoje e será decidido como a situação irá proceder. De acordo com a professora Rosania Sell, alguns professores já demonstraram interesse em fazer a paralisação, mas a maioria segue com os trabalhos. Ontem, 21 professores participaram da mobilização na Capital.
Escolas de Venâncio
Wolfram Metzler – Segue com aula normal.Brígida – Segue com aula normal.Mariante – Segue com aula normal.Leontina – Segue com aula normal.Jubal Junqueira – Segue com aula normal.São Luiz – Em greve.Zilda de Brito Pereira – Em greve. Aula somente para o 3º ano da manhã com professor JúliaCrescer – Definirão durante a manhã de hoje.Monte das Tabocas – aula normal hoje pela manhã e à tarde. Decisão será tomada no fim desta tarde.CAJ – aula normal hoje pela manhã e à tarde. Decisão será tomada no fim desta tarde.Frida Reckziegel– aula normal hoje. Decisão será tomada ao longo do dia.
* A reportagem da Folha do Mate tentou contato com os demais educandários, mas não obteve sucesso.