Sessão da Câmara de Venâncio Aires é marcada por bate-boca entre vereadores

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A sessão da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires desta segunda-feira, 14, foi marcada por um bate-boca entre os vereadores Ezequiel Stahl (PTB) e Gerson Ruppenthal (PDT). Os dois quase foram às vias de fato, mas acabaram sendo contidos pelos colegas e assessores parlamentares.

Quando utilizou a tribuna, Stahl falou a respeito de suposto prejuízo que o Município estaria tendo por não ter implementado há mais tempo a revitalização da iluminação pública, com LED. Citou que a Administração anterior – Giovane Wickert (PSB) e Celso Krämer, na época no PTB e hoje no Podemos – não conseguiu concretizar o investimento em virtude de uma ação do vereador Tiago Quintana (PDT, hoje secretário de Saúde), que levou a Justiça a suspender a licitação.

Quando chegou a sua vez de se pronunciar, Ruppenthal declarou que “a Justiça acatou um parecer e não deixou fazer porque era absurdo”. Também afirmou que “o superfaturamento era visível” e, por isso, o processo teria sido travado, dizendo ainda que o colega, por ser um advogado, deveria ter conhecimento a respeito do tema. O petebista esboçou reação e pediu um aparte, mas não foi atendido pelo pedetista, que seguiu seu pronunciamentos tratando de outros temas.

Já no período das Explicações Pessoais, quando cada vereador tem cerca de um minuto para dar um recado final, Ruppenthal não falou, mas Stahl partiu para o ataque: “Gostaria de pedir pro Gerson trazer a sentença com trânsito em julgado desta ação, que ele diz que a Justiça deu razão a respeito da iluminação LED, pra provar que isto realmente aconteceu. E digo mais: eu entendo porque o Gerson tem medo e respeito pela Justiça, porque no seu primeiro mandato essa Justiça cassou ele, mandou ele embora pra casa mais cedo e, enquanto a gente governava, o senhor cumpria uma pena. Então entendeu porque tanto medo do que a Justiça decide”.

Momentos depois, quando Stahl se preparava para deixar o Plenário Vicente Schuck, Ruppenthal fez sinal com a mão para que aguardasse, pois queria conversar. Os dois trocaram algumas palavras e, quando a sessão foi encerrada, o petebista se dirigiu à Mesa Diretora e indagou: “Quer conversar agora”. Como resposta, ouviu xingamentos do pedetista, que estava muito nervoso. “O que tu quer? Tu não sabe nada da minha vida. Só porque botou o revólver na cintura, virou macho?”, disparou Ruppenthal, em referência ao fato de que o colega recentemente concluiu o curso de policial penal e começou a trabalhar na Susepe.

Os ânimos foram contidos e evitou-se o pior. Quando saía da Câmara, Stahl ainda deu mais uma declaração: “Quer falar o que bem entende e não quer ouvir. Pensa que todo mundo vai ficar quietinho? Eu não”. Além do atrito com Ruppenthal, Stahl também não gostou de ser repreendido pelo presidente do Legislativo, Benildo Soares (Republicanos), que afirmou que não vai permitir desrespeito a quem quer que seja enquanto for comandante da Mesa Diretora.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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