Levar para a Rua Grande muito samba no pé, alegria e sorrisos. É isso que almeja a rainha do Carnaval de Venâncio Aires, Sandriele da Silva Soares, 33 anos, ao lado das colegas de corte, as princesas Luana Inês Henckes, 22 anos, e Mayara de Oliveira, 27 anos. E esta não é a primeira vez que Sandriele representa o Carnaval.
Em 2018, ela participou pela primeira vez, representando a Escola de Samba Malandros do Ritmo, entidade que também representou neste ano. “Recebi o convite para ser rainha de bateria da escola e, depois, para o concurso. Mas fiquei meio receosa de ir. Não sabia se estava preparada. No primeiro momento eu recusei, mas no outro ano pensei melhor e decidi aceitar o convite”, relata. Assim, ela comenta que, na primeira vez que participou, não se preparou tanto quanto desejava, mas ao final, foi coroada primeira princesa e fez parte da corte ao lado da rainha Thaís Acosta e da princesa Évelin Pacheco.
Concurso
Envolvida com o Carnaval desde muito pequena, a mãe da Tayani, 15, e da Sophi, 5, afirma que, para este ano, se preparou desde o dia que se inscreveu. “Primeiro eu não ia, pois achava que não tinha mais idade. Mas recebi muito apoio do meu namorado Gilberto, e resolvi tentar. E, no último dia de inscrição, eu fui”, diz.
A partir daí iniciou a preparação para a apresentação aos jurados e para a entrevista. “Ensaiei muito a minha apresentação. Me filmava, analisava, via o que poderia mudar, mostrava para as outras pessoas e fui indo. E alcancei o tão almejado título. Na hora de me apresentar, o meu coração bateu no ritmo da bateria”, salienta. Durante a preparação, ela destaca o incentivo dos colegas de trabalho do Sesc, onde atua como profissional de Educação física, das filhas, da Escola Malandros do Ritmo e dos familiares.
Ao ser anunciada a grande vencedora da noite, lembra da empolgação da filha mais velha. “Ela pulava. Ficou muito feliz e, com certeza, já estou preparando ela para participar do concurso no futuro”, comenta.
Agora, no próximo ano, Sandriele tem a missão de representar o Carnaval de Venâncio Aires e passar a faixa de rainha de bateria da Sociedade Amigos de Tramandaí (SAT), no Litoral Norte, onde morou durante algum tempo. “Eu fui para trabalhar no Sesc de lá. E, como era professora de dança, me viram sambar. Veio o convite para ser rainha de bateria e aceitei. E passo a faixa agora no início de 2023”, explica.
Pole dance
Enquanto morava em Tramandaí, durante a pandemia, surgiu uma nova paixão: o pole dance. “Comecei como aluna. E vi que é uma prática que vai além da sensualidade. Gostei tanto que, depois de um ano, a minha professora me disse para fazer a formação de pole dance, e fui”, afirma. Assim, após a formação, começou a ministrar aulas da prática no município litorâneo. “Eu amava. Agora não dou mais aulas, mas eu tenho minha barra na casa da minha irmã. Quando vou lá, eu treino. É uma prática que permite o florescer da mulher”, complementa.
