Substituições de bocas de lobo devem reduzir impactos de enxurradas em Venâncio

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Modelos maiores e mais resistentes de bocas de lobo prometem escoamento com maior efetividade e diminuição do acúmulo de água em pontos específicos da cidade

Nos últimos anos, em especial após grandes acumulados de chuva em poucos minutos ou horas, algumas ruas de Venâncio Aires sofrem com a falta de escoamento de água, o que ocasiona enxurradas e alagamentos e gera prejuízos em casas e comércios. Para reduzir os impactos, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp) projeta as substituições de bocas de lobo (também conhecidas como bueiros) na região central.

Conforme o secretário Sid Ferreira, além do número menor de bueiros nestes locais com maior concentração de residências e estabelecimentos comerciais, as estruturas são antigas e de um tamanho menor que o necessário. “Com bocas de lobo maiores, principalmente no leito das ruas, a água será mais facilmente encaminhada para as galerias e para outras canalizações menores”, explica o titular da pasta.

Em caso de enxurradas, com volumes acima de 100 milímetros em poucos minutos, as atuais bocas de lobo não suportam a quantidade de água e acabam ‘devolvendo’ o líquido para as ruas, afetando as edificações próximas. Além da chuva na via, também são despejadas as águas acumuladas em telhados.

Sid Ferreira afirma que não é possível solucionar 100% o problema, mas reduzir gradativamente os efeitos. O titular da Sisp destaca que está sendo realizado um mapeamento, pois há muitas canalizações que cruzam estes locais, para identificar os pontos nos quais são necessárias as alterações. “Vamos tentar tirar essas canalizações do meio dos terrenos e das quadras, trazendo elas para a rua, para evitar problemas futuros”, contextualiza. Ao todo, seriam ao menos mil bocas de lobo que precisariam ser alteradas, em especial na região central do município.

A equipe da Conservação Urbana, que integra a Sisp, trabalha na limpeza com hidrojato das galerias e das bocas de lobo, para recuperação, desobstrução, alteração de local e construção de mais bocas de lobo em alguns pontos estratégicos. O projeto que pode reduzir o problema, conforme Ferreira, será apresentado nos próximos dias, para a compra de modelos maiores, para substituir as que apresentam dificuldades no escoamento.

Casos críticos

Os acúmulos de água ocorrem com maior frequência nas ruas Osvaldo Aranha (esquina da 13 de Maio e Duque de Caxias, até a Conde D’Eu), Visconde do Rio Branco, Jacob Becker (próximo à esquina da Félix da Cunha), 1º de Março (fundos da Escola Estadual de Ensino Médio Cônego Albino Juchem), 7 de Setembro e, em especial, General Osório. “Neste último caso, a água invade as casas e precisamos fazer a substituição do bueiro, bem como instalar uma nova em outro ponto também”, completa Ferreira. Além do Centro, também são registrados problemas pontuais em bairros como o Bela Vista, na rua Armando Ruschel e proximidades da Metalúrgica Venâncio, e no bairro Coronel Brito.

“Com esse trabalho, já teremos um efeito para mitigar os problemas e, principalmente, este prejuízo para os residentes e proprietários de estabelecimentos comerciais no Centro.”

SID FERREIRA

Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos

Entre os principais motivos para o bloqueio das bocas de lobo estão lixo, plásticos, papel e, principalmente, folhas. Estas, por serem pequenas, acumulam e fecham os gradis, que consequentemente, após fortes chuvas, ocasionam alagamentos.

O que vai mudar nas bocas de lobo

Com modelos maiores de bocas de lobo, que contam com gradis de ferro de vergalhão forte, será possível suportar o peso de um carro ou caminhão que trafegue pelo local e ter maior efetividade no recolhimento da água.

Estes novos modelos devem ser instalados em pontos estratégicos das vias, para realizar o escoamento com mais agilidade.

O objetivo é que, com um maior número de bocas de lobo, a água seja recolhida ao longo do caminho e não fique acumulada nas regiões baixas da cidade.



Leonardo Pereira

Leonardo Pereira

Natural de Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires, jornalista formado na Universidade de Santa Cruz do Sul e repórter do jornal Folha do Mate desde 2022.

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