A partir das manifestações nas redes sociais, sobre o projeto de lei do deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB/SP), que intenciona proibir as festas campeiras, tradicionalistas começaram a manifestar suas opiniões. Em Venâncio Aires não foi diferente. São prendas e peões de diversas faixas-etária que revelam inconformidade com a iniciativa do parlamentar e se posicionam com análises angulares diante da proposta. O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Erival Bertolini, no entanto, tranquilizou aos gaúchos, em nota enviada pela assessoria da entidade. Segundo ele, uma audiência esta marcada em Brasília, no mês de fevereiro, quando se encerra o recesso parlamentar.
A segunda-prenda da 24ª Região Tradicionalista, Ana Flávia Dornelles de ávila demonstrou sua revolta em e-mail enviado à redação. “Abrir os olhos para a criminalidade, os políticos não querem, mas banir as tradições de um povo que faz parte deste país está em primeiro caso. Está aí o motivo, de muitos terem vergonha da sua nacionalidade.” Para ela, seria ótimo e de grande respeito para com os gaúchos que a proposta fosse desconsiderada totalmente. “é uma falta de respeito com o trabalhador do campo, com as pessoas que cultivam e respeitam a tradição. é preciso que antes de querer impor alguma lição de moral, eles se façam de exemplo e coloquem na cadeia quem mata, quem rouba, quem faz o mal e desvaloriza a sociedade”. enfatiza.
A tradicionalista e advogada Josiane da Rosa, também por e-mail, disse concordar em melhorias para o trato com os animais sempre. Porém, acredita que está na hora de polemizar “coisas que estão passando batidas”. “Não vejo a mesma preocupação, empenho e comoção social pelas outras situações que são latentes! Não se tem saúde, educação, cultura, transporte, trânsito/estradas, taxas e impostos justos! Nossos policiais, bombeiros, e professores estão sem o mínimo de apoio. As drogas tomando conta e a promiscuidade e egoísmo assolando os pilares das famílias. O tradicionalismo sendo desprezado, os programas culturais/musicais regionais colocados nos horários menos interessantes para dar espaço para programas nacionais que não nos somam nada!”
Josiane cita, também que os animais que são laçados em rodeios são os mesmo que serão degustados pelos críticos e políticos. “Esses defensores dos animais comem churrasco sim! E pior, usam sapatos/cintos/bolsa/carteiras/casacos/malas de couro ‘legítimoÂ’ e também não se importam em pagar absurdos pelas exclusividades de sua jóias/relógios, garimpadas por marginalizados, muitas vezes de ouro de procedência ‘desconhecidaÂ’, nem de usar grifes de produtos importados fabricados por mão de obra escrava!”
A advogada diz que é defensora dos animais. “Sonhei em ser veterinária, mas, acima de tudo, quero uma sociedade justa, promissora. E não estou esperando que a geração do futuro faça algo, estou dando minha contribuição, sendo política e ecologicamente correta, imbuída nas atividades sociais, atuante no movimento tradicionalista e cumpridora dos meus deveres! Deixem os bois serem laçados, os cavalos montados, os cachorros na volta, as ovelhas aparando a grama … isso é assim, porque é assim!”