Quando o relógio alcança as 17h30min, em dias de semana, o motorista que trafega pela Capital do Chimarrão começa a sentir as dificuldades de percorrer alguns trechos. Segundo relatos, os mais complicados são a esquina da rua Tiradentes com a 15 de Novembro, a rotatória da Armando Ruschel e a rua Carlos Wagner, locais que se tornaram alvos comuns da população venâncio-airense.
Segundo o coordenador administrativo da Secretaria Municipal de Segurança Pública, Luciano Teixeira, os pontos de maior impacto já estão sendo mapeados pelo engenheiro de trânsito do Município, que é o responsável pelos estudos e por embasar mudanças. “Já existe um estudo técnico referente a mudanças. O engenheiro precisa reformular alguns pontos e dados para que seja apresentado”, cita.
O coordenador afirma que, atualmente, há três pontos com estudo técnico, entre eles a rua Armando Ruschel, próximo à ALM Engenharia; a rua General Osório, próximo à esquina com a rua Sator Costa; e a rua Sete de Setembro, próximo à esquina com a rua João Puthin. Estas, diz ele, sofrerão alterações na segunda quinzena de janeiro.
Conscientização
Entre as principais reclamações está a falta de cuidado por parte dos motociclistas, principalmente os de aplicativos de entrega e no período da noite. Para isso, Teixeira enfatiza que é necessário, primeiramente, divulgação nas redes sociais e meios de comunicação para que os condutores tenham consciência no trânsito, além de serem realizadas blitze orientativas para que todos saibam a necessidade dos cuidados nas vias urbanas e rurais. De acordo com ele, os agentes da pasta e do Departamento de Trânsito percorrem, diariamente, a cidade e o interior em rondas ostensivas para inibir infrações, como velocidade acima do máximo permitido, motoristas falando ao celular e outras.
Sinalização
Outro ponto apontado pelos motoristas é a falta de sinalização nas ruas do município. O coordenador administrativo diz que a secretaria mantém a atividade frequente com pintura de faixas, trocas de placas danificadas, pinturas de cordão e semelhantes. Contudo, para demais problemas com sinalização, é necessária a posição do engenheiro de trânsito para qualquer decisão. “Para as decisões mais pontuais, como uma mudança no sentido da via ou a implantação de uma sinaleira, é realizado o estudo com o engenheiro e apresentado ao Conselho de Trânsito, para viabilidade de implantação”, destaca.
Impressões de repórter
Na tarde de terça-feira, 6, me desloquei para alguns pontos alvos de reclamações da população. Na esquina da rua Tiradentes, cheguei por volta das 17h e estacionei na rua a seguir. O trânsito era leve e sem grandes complicações, no entanto, em questão de minutos começou o engarrafamento. A espera chegava a ser de cinco minutos, principalmente de quem trafegava vindo da Tiradentes.
Para ter melhor visão, os motoristas avançavam a linha amarela, que delimita a segurança e, por vezes, quem tinha a preferência acabava tendo sua frente cortada. Inclusive, quase acompanhei um acidente, não fosse a buzina de um motorista ao lado. Lembrando que, no entroncamento da 15 de Novembro com a Osvaldo Aranha – esquina a seguir – existe uma sinaleira.
Já na rotatória da Armando Ruschel, o rodízio foi mais eficiente. Apenas o trecho da rua Júlio de Castilhos sofria com maior lentidão. Aliás, o grande problema enfrentado – e que gera reclamação de outros motoristas – são as motocicletas, com os ocupantes atravessando sem aguardar pela preferência alheia.
Em outro ponto, na rua General Osório com a rua Carlos Wagner, por volta das 18h, a trafegabilidade era menos preocupante. Contudo, novamente as motos se faziam presentes e geravam momentos de tensão.
