O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II de Venâncio Aires possui um aliado no acolhimento aos 1750 pacientes ativos do serviço. Trata-se da Associação dos Usuários, Familiares e Amigos do Caps Reviver. Ela funciona junto ao Caps II desde 2005 e tem como objetivo fortalecer a luta pelos direitos dos usuários por um serviço de atendimento mais humanizado.
Principal referência na área da saúde mental no município, o Caps II abrange o atendimento aos pacientes que já tentaram e pensam em cometer suicídio, além de tratar transtornos mentais que, muitas vezes, tornam as pessoas mais propensas a tirar sua própria vida.
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Terapeuta ocupacional especializada em saúde mental, ângela Cristina Martins atua junto ao Caps II e destaca que a Associação Reviver vem integrar os usuários do serviço e conscientizá-los dos seus direitos para que consigam dar sequência às suas vidas. Além disso, cita ser mais uma forma de humanizar o atendimento e atuar de forma preventiva na área da saúde mental, o que inclui evitar tentativas de suicídio.
Por meio da associação, ângela cita que são realizadas atividades variadas como as tradicionais festas de fim de ano e de São João, além de pasteladas, galinhadas e rifas, estas com o objetivo de angariar recursos para serem revertidos em prol dos usuários. Através de oficinas realizadas junto ao Caps II ainda são realizados trabalhos artesanais para serem comercializados pro meio da associação.
Com o dinheiro, a terapeuta ocupacional menciona que já foram oportunizadas viagens para locais como Gramado, Canela e São Lourenço do Sul, município onde ocorre o evento Mental Tchê. Também são organizadas idas a balneários e cafés coloniais da cidade, bem como à Fenachim. “São momentos em que eles saem da rotina e estabelecem novos vínculos sociais”, ressalta a profissional.
COMO AJUDAR
Atualmente, 60 pessoas fazem parte da Associação Reviver. Podem fazer parte usuários, familiares, funcionários e também pessoas interessadas em ajudar. Para isso, basta comparecer junto ao Caps II e realizar a inscrição. Dos associados, é cobrada a quantia de R$ 5 como mensalidade.
Quem quiser colaborar também pode ser um voluntário e ajudar, por exemplo, nas oficinas de reciclagem, trabalho realizado com o objetivo de dar ocupação para pacientes do Caps, que auxiliam na coleta e separação de materiais recicláveis, que são vendidos e o lucro também revertido para os próprios usuários. ângela cita que é uma espécie de trabalho que faz com que se desenvolva, entre outras coisas, o comprometimento.
Segundo a terapeuta ocupacional, o trabalho da associação auxilia no tratamento dos usuários. “Tem muitos que não entram em surto há anos.”
Sócia-fundadora do grupo, Diamantina Leites atua como voluntária e relata o sentimento de satisfação por poder ajudar quem passar por momentos de sofrimento. “Eles se sentem bem aqui e a gente se sente muito bem com eles também”, frisa.
