A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) será fechada para passar por um procedimento de desinfecção geral. A informação foi confirmada na tarde de ontem pelo administrador da casa de saúde, Gilberto Gobbi. Ele afirmou que a desinfecção é um processo preventivo, que deve ser realizado na UTI esporadicamente, e afastou qualquer possibilidade de problema no setor. “é um procedimento padrão, que já estava programado”, esclareceu.
A Secretaria Municipal da Saúde e a Central de Regulação de Leitos do Estado foram comunicadas ontem sobre a paralisação temporária da unidade. De acordo com ofício enviado ao secretário Celso Artus, o hospital deixará de internar pacientes a partir do dia 22 de agosto e terá uma semana para o esvaziamento do setor. O procedimento terá início no dia 30, às 7h, e a previsão é de que o trabalho seja encerrado até às 19h do dia 31. “Vamos desinfectar desde equipamentos até o teto da UTI. Se a PROGRAMAÇÃO ocorrer dentro do esperado, no dia 1º de setembro volta a funcionar normalmente”, diz o administrador.
Se a PROGRAMAÇÃO ocorrer dentro do esperado, no dia 1º de setembro volta a funcionar normalmente
Gilberto GobbiAdministrador do hospital
Gilberto Gobbi afirma que os pacientes que chegarem ao Hospital São Sebastião Mártir precisando dos serviços prestados pela UTI serão transferidos para outras casas de saúde, onde existam leitos à disposição. “Logicamente, quando temos vagas em Venâncio Aires, os pacientes ficam aqui, mas há ocasiões em que precisamos remanejar de acordo com a disponibilidade, até porque é a Central que determina o local de internação. é o que vai acontecer no período”, explica. Ele lembra que o setor está em funcionamento desde março de 2013 e que a desinfecção deve ser feita a cada 18 meses, de preferência.
Isolamento
Conforme apurou a reportagem da Folha do Mate, dos 10 leitos existentes na UTI da casa de saúde, dois seguirão atendendo pacientes. As vagas, que normalmente seriam destinadas a tratamentos que requerem isolamento de pacientes, serão utilizadas como leitos normais (sem isolamento) de terapia intensiva. Como o hospital não possui outro espaço para abrigar o complexo da UTI, será obrigado a paralisar as atividades. Serão 10 dias, ao todo, sem a possibilidade de receber novos pacientes na unidade. A desinfecção tem como objetivo a eliminação de bactérias que possam trazer riscos para pacientes.
Controle
Sandra Inês Knudsen, médica do Serviço de Controle de Infecções do Hospital São Sebastião Mártir, reforça que o procedimento é uma rotina e que todas as UTIs devem realizá-lo de tempos em tempos. Conforme ela, a desinfecção é muito importante para a segurança dos pacientes que internam no setor e não tem relação com qualquer problema mais grave. Ela também reitera que a Central de Regulação de Leitos do Estado é avisada e que os novos pacientes são encaminhados para outras UTIs. “Não vamos parar de funcionar totalmente. A desinfecção será feita em duas etapas, mantendo, no mínimo, dois leitos em funcionamento”, conclui.
Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 14/08/2014.
