Faleceu na manhã de domingo, 7, o empresário Léo Bülow, aos 72 anos. Ele estava internado no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) desde fevereiro, em virtude de uma pneumonia.
Durante este período, Bülow passou por oscilações no seu quadro de saúde, ficando mais de dois meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com um problema cardíaco hereditário, morreu em virtude de complicações que levaram à falência múltipla dos órgãos. Ele deixa a esposa Cleci Tânia Bülow, 68 anos, os filhos Gustavo e Augusto e os netos Léo Augusto, Edwin e Marina.
Bülow instalou em Venâncio Aires a primeira empresa do ramo de informática. Em 1990, inaugurou a Espaço Informática, onde comercializava computadores, prestava assistência técnica e ministrava treinamentos. Antes disso, tinha atuado por quase 20 anos na área da administração da produção na Souza Cruz. Também faz parte da trajetória de Bülow a atuação como secretário de Indústria, Comércio e Turismo durante o mandato de Glauco Scherer, e a presidência do Hospital São Sebastião Mártir.
O filho Gustavo ressalta que o legado deixado pelo pai é o espírito empreendedor e inquieto. “Ele era mobilizador, sempre tentava fazer algo diferente e fugir do óbvio”, afirma. Ele lembra que o pai se orgulhava muito de ter sido presidente do HSSM: “Era realizado por ter deixado bons relacionamentos por onde passou”.
Foi Bülow que idealizou os monumentos da bandeira na Praça Evangélica e a cuia e chaleira instaladas na Praça da Matriz. “Ele pensava no que podia ser feito, criava a maquete e mobilizava as autoridades e comunidade para fazer acontecer”, diz. Bülow também participou do Rotary Venâncio Aires Chimarrão.
Em 2012, lançou o livro ‘Coragem, não tenha medo de pensar’, publicação com a visão filosófica dele sobre o mundo e a história da humanidade. Estudioso e em busca de conhecimento, Bülow começou diversos cursos diferentes, mas não conseguiu concluir. Aos 70 anos de idade se formou no primeiro curso superior, em Gestão Ambiental, no polo da Uninter Venâncio Aires.
Reconhecimento
• O empresário Júnior Bohn, dono da FBNet, trabalhou cinco anos com Bülow na década de 2000 e relata se espelhar nele para seguir no ramo da tecnologia. “Aprendi muito com ele, era uma pessoa fantástica. Eu vim do interior e ele me deu uma oportunidade de trabalho e me inspirou a abrir meu próprio negócio”, recorda. Bohn afirma que tem boas lembranças do trabalho com Bülow e da amizade que permaneceu com o passar do tempo. “Com certeza foi uma época que deixou saudades, era uma pessoa fabulosa”, completa.
O prefeito Giovane Wickert decretou luto oficial de três dias pela morte de Bülow. O decreto destaca os serviços voluntários desenvolvidos, a atuação como secretário municipal e o engajamento para idealizar pontos turísticos no município, como o chimarródromo e o coreto em forma de cuia, que ficam na Praça da Matriz.