Venâncio Aires e quase todos os municípios brasileiros abriram seus postos de saúde no último sábado, 4, para dar uma ‘mexida’ na campanha de vacinação contra a gripe. Em todo o país, os números estão abaixo da meta.
O que ajuda a explicar é o prazo da campanha, que vai até 31 de maio. E no Rio Grande do Sul, onde o frio não deu as caras, casos de gripe parecem coisa ainda ‘longe’. Em Venâncio, somando todos os grupos prioritários, foram 10.189 doses aplicadas até o fim de semana – 48% de uma população-alvo de 20.973. Chegando a esses 20 mil, será alcançada a meta, que é de 90% de um total de 22 mil pessoas.
Praticamente na metade do caminho, a enfermeira responsável pelo setor de imunizações, Carla Lili Müller, entende que os números já poderiam ser melhores. “Como a campanha se estende muito, as pessoas esperam”, considera.
Quem ainda não se vacinou, tem até o fim do mês para procurar uma unidade de saúde do município. Devem tomar a vacina idosos, crianças de seis meses a menores de seis anos, grávidas, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores da saúde, indígenas, professores, integrantes das forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional, presos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e asma.
VALENTE
Com apenas dois anos, Tiago de Oliveira Becker foi levado pelos pais Fábio e Raquel para receber a vacina no sábado de manhã. Um pouco ‘desconfiado’ da enfermeira e da agulha, o menino aguentou firme a ‘picadinha’ e até tentou um sorriso.
A firmeza para encarar vacinas é coisa de família, aliás. O irmão Guilherme, 6 anos (portanto já fora do público-alvo), ficou na porta, esperando pela injeção, que não veio. “Nunca chorou e hoje de novo, pediu pra tomar vacina”, contou a mãe Raquel.
É preciso tomar a vacina todo ano porque ela é feita de acordo com os vírus que estão circulando mais. Nessa temporada, a dose protege contra três tipos de vírus Influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. Até fazer efeito no organismo, são cerca de duas semanas.
Números
Até o fim de semana, Venâncio Aires tinha os seguintes índices: 47,3% das crianças, 39,6% dos trabalhadores de saúde, 72,7% das gestantes, 63,2% das puérperas, 48,7% dos idosos e 80,9% dos professores.