De acordo com dados divulgados ontem, 23, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ‘braço’ do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Venâncio Aires fechou o ano de 2018 com saldo de 96 empregos. Durante os 12 meses, foram registradas 11.692 admissões e 11.596 desligamentos de trabalhadores no município.
Em dezembro, foram 383 admissões e 687 desligamentos, resultando em um saldo negativo de 304 postos. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o número foi menor, já que em 2017 o saldo foi de 436 empregos a menos. Em todo o ano de 2017, o resultado foi positivo, com 155 empregos gerados.
Venâncio teve o maior saldo negativo de dezembro no setor da indústria de transformação, com 268 postos de trabalho a menos. Durante o mês foram registradas 133 admissões e 401 desligamentos. A segunda maior queda foi no setor de serviços, com 61 a menos – 81 admissões e 142 desligamentos. O setor agropecuário não teve admissões e seis desligamentos. Fecharam o mês com saldo positivo os setores de comércio (19) e construção civil (12).
Embora negativo, o desempenho do mês de dezembro foi o melhor dos últimos cinco anos na Capital do Chimarrão. Já o resultado referente ao ano de 2018, nos últimos cinco anos, é superior apenas a 2015 e 2016, quando foi registrado saldo negativo de vagas de trabalho com carteira assinada.
ESTADO E PAÍSO Rio Grande do Sul fechou o ano com saldo positivo de 20.249 empregos. Já no Brasil foram gerados 529,5 mil postos de trabalho em 2018. Em dezembro, o estado fechou 22.266 vagas.
Nova rotina para MarliceO ano de 2018 foi de mudanças na vida de Marlice Nowotny, 37 anos. Após 15 anos de trabalho em uma empresa do ramo calçadista, ela foi desligada do cargo devido à extinção do setor em que atuava, em julho do ano passado. Em dezembro, conseguiu um emprego temporário como vendedora, nas Lojas Bade, no bairro Aviação, para atuar durante a temporada de vendas do Natal. “Vim conversar com os donos e eles falaram que seria temporário, mas eu aceitei e dei o melhor de mim”, destaca.
Ela começou a trabalhar no dia 8 de dezembro e, a princípio, ficaria até o fim do mês. Porém, após o contrato temporário, Marlice foi efetivada. “Eles me chamaram e falaram que tinha aberto uma vaga fixa, fiquei muito feliz com a oportunidade”, conta. Feliz e motivada para aprender, a vendedora diz que adora o contato com o público e dobrar roupas. “Onde eu trabalhava antes não tinha muitas pessoas para conversar, já aqui sempre tem um cliente para trocar uma ideia e os colegas me receberam muito bem”, comenta.
Moradora do bairro Santa Tecla, Marlice comemora a oportunidade também por ser próximo de casa. “Antes eu tinha que acordar muito cedo para pegar ônibus, ir trabalhar e voltava só à tardinha. Agora, estou pertinho de casa”, completa.
“Não consigo ficar parada e gosto muito de conversar. É totalmente diferente do que eu fazia antes, mas estou muito feliz e realizada.”MARLICE NOWOTNYVendedora