Após João Alberto Silveira Freitas, homem de 40 anos, ser espancado até a morte por um segurança e um policial militar no estacionamento de um supermercado em região nobre de Porto Alegre, protestos ocorrem e estão marcados para esta sexta-feira, 20, Dia da Consciência Negra, em diferentes pontos, um deles ocorrerá em Venâncio Aires.
A manifestação, na Capital do Chimarrão, é organizada pelo Coletivo Agbára. O protesto será a partir de uma carreata seguida de ‘buzinaço’ que será realizada na noite desta sexta-feira. A concentração se inicia às 20h30min, em frente da Igreja Matriz São Sebastião Mártir.
“Precisamos ser e mostrar que a negritude aqui é um grupo forte que luta por dias melhores para todos”, destaca a integrante da diretoria do Coletivo Agbára, Geórgia Pinheiro De Sá Silva. Para a manifestação, também foram convidados ONG Alphorria, Movimento Negro, Associação Négo e Associação de Umbandistas de Venâncio Aires.
“Mas todos que se identificam com a causa estão convidados” resumiu Geórgia. A partir da Travessa São Sebastião Mártir, o grupo seguirá pela rua Tiradentes até a 15 de Novembro e descerão a rua Osvaldo Aranha até a rua Getúlio Vargas e retornam até em frente da Igreja Matriz.
ENTENDA O CASO
Um homem negro foi espancado e morto por dois seguranças em um supermercado Carrefour em Porto Alegre, na noite de ontem, véspera do Dia da Consciência Negra. Os dois homens foram presos por agredir e matar João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos. Em nota, Carrefour chamou ato de criminoso e anunciou o rompimento do contrato com empresa que ‘responde pelos seguranças que cometeram a agressão’.
ONG Alphorria diz que não vai participar de carreata
A ONG ALPHORRIA- Movimento dos Afrodescendentes de Venâncio Aires, esclarece que não participará da carreata em alusão ao Dia da Consciência Negra anunciada nas redes sociais.
A ONG Alphorria lamenta com indignação a morte brutal de mais uma vida negra. O fato ocorrido às vésperas Dia Nacional da Consciência Negra, só reforça que ainda não temos o que comemorar, mas intensificar a nossa luta e resistência contra o racismo. Trabalhamos arduamente ao longo do ano, traçamos planos e sonhos para uma sociedade mais justa.
Notícias como a morte de Beto Freitas nos atacam, desanimam, mas nos lembra que precisamos, diariamente, seguir com trabalho coletivo, com força, com exaltação à identidade negra e com, cada vez mais, esforços pela pauta antirracista. BLACK LIVES MATTER