
O verão no Hemisfério Sul se inicia, oficialmente, nesta sexta-feira, 21, às 20h22min, e termina no dia 20 de março de 2019, às 18h57min (horário de Brasília).
Climatologicamente, o verão é caracterizado pela elevação da temperatura em todo país, em função da posição relativa do sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo, ou seja: chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Nessa estação, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul e com temperaturas que alcançam facilmente os 30°C.
As chuvas passam a ser de curta duração e de forte intensidade, ocorrendo principalmente entre a tarde e a noite. Além disso, temporais com granizo e ventos fortes também são frequentemente registrados. Frentes frias e sistemas de baixa pressão atmosférica ainda provocam chuva durante a estação, mas com menor frequência. A maior frequência de chuvas passa a ser por convecção (combinação de calor e umidade).
“As temperaturas, de modo geral, devem ficar dentro a um pouco acima do padrão histórico, sendo comuns dias com sensação de abafamento.”CAROLINA HEINENCoordenadora do Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Univates
TENDÊNCIASSegundo a coordenadora do Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Universidade do Vale do Taquari (Univates), Carolina Heinen, o cenário atual indica que as águas superficiais da porção equatorial do Oceano Pacífico continuam apresentando gradual aumento de temperatura, conforme divulgado por centros internacionais de climatologia. Com isso, deve ser confirmada nas próximas semanas a formação do fenômeno El Niño. “O prognóstico é de que o fenômeno seja de fraca a moderada intensidade, durante o verão e possivelmente alguns meses do outono”, antecipa.
Carolina explica que o El Niño altera a distribuição e a quantidade das chuvas e causa variação nas temperaturas em regiões tropicais e de latitudes médias. Isso porque o vapor d’água mais quente que ascende do oceano altera os padrões de ventos em um nível global, o que muda a forma como a umidade é transportada. No entanto, o fenômeno ainda não foi confirmado, pois não se notam características de El Niño na atmosfera, apesar do aumento da temperatura das águas do oceano.
Segundo a divulgação de centros nacionais de climatologia, Carolina observa que a tendência para a região é de que a estação apresente chuva dentro a acima da média. Em fevereiro, os volumes devem ser mais expressivos. Além disso, também será comum a ocorrência de temporais durante a estação.