Vereador Emanuel Helfer Kroth: “Fui vítima da hipocrisia, do medo e da perseguição”

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Foto: Claudio Froemming / Folha do MateVereador Emanuel Helfer Kroth foi à tribuna rebater motivos alegados por quatro vereadores que rejeitaram sua saída do Legislativo
Vereador Emanuel Helfer Kroth foi à tribuna rebater motivos alegados por quatro vereadores que rejeitaram sua saída do Legislativo

Durante a sessão ordinária da última segunda-feira, 11, o vereador Emanuel Helfer Kroth (PT) se pronunciou no grande expediente da Câmara de Vereadores sobre a rejeição por parte de alguns colegas do seu requerimento de afastamento dos trabalhos legislativos para poder assumir a secretaria da Saúde. “Essa votação se resume em três palavras: hipocrisia, medo e perseguição”, afirmou o parlamentar. Disse que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) não foi a justificativa para a negação do seu pedido.

Relatou que a Comissão estava sofrendo boicotes desde o início, onde foi indeferido o pedido de abertura das investigações, depois trocado as senhas de acesso ao Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos (Igam). Com relação à contratação de assessor jurídico para auxiliar nos trâmites, Kroth disse que fizeram um processo onde o primeiro colocado é correligionário da vereadora Celina Fagundes da Rosa (MDB), o segundo é ex-procurador da Prefeitura e o terceiro é do partido do PDT e tem laços de parentesco com a vereadora Núbia Kaufmann Bartz.

Kroth terminou dizendo que encaminhou um ofício à presidência da Casa solicitando a convocação do vereador Selmo Baierle Fagundes (PT) para assumir sua vaga de relator nas investigações da CPI.

VALDENIR LINCHO vereador Valdenir Linch (PTB) justificou seu voto contrário à saída do colega da Câmara alegando que ele deve continuar o trabalho de relator da CPI. “Quero que me investigue e se descobrir que fiz algo errado, que me condene. Mas me vire de ponta a cabeça para ter certeza que não há algo errado”, solicitou Linch.

VINÍCIUS DA ROSA BARTZO parlamentar Vinícius da Rosa Bartz (PDT) explicou ao vereador Emanuel, que também votou contra sua saída do Legislativo por uma questão de economia. “Temos que fazer as contas, pois o salário de um secretário custa em torno de R$ 5 mil, um vereador suplente que iria assumir sua vaga mais R$ 3 mil e o salário de R$ 2 mil que a secretária recebe como servidora concursada, já está embutido no salário total que ela recebe, o que totaliza R$ 10 mil mensais e R$ 120 mil num ano. Isso daria para fazer diversos exames de saúde, o que seria um recurso melhor aplicado. Cadê os professores Cristiano Konzen e Caio Baierle que ainda não fizeram essa conta”, indagou Bartz.

NÚBIA E CELINAA vereadora Núbia Kaufmann Bartz (PDT) disse que não tem culpa de estar cercada de bons assessores jurídicos. “Nós solicitamos um advogado concursado da Prefeitura para nos auxiliar na CPI, mas o prefeito não nos cedeu esse profissional. Talvez por achar que a CPI não seria importante. Temos todo interesse em concluir esse processo, tanto é que solicitamos hoje ao presidente, através de um requerimento, a agilização das oitivas e que se conclua o relatório o mais breve possível”, argumentou Núbia.

Com relação à acusação do vereador Emanuel Kroth de que ela e a vereadora Celina teriam solicitado o arquivamento da CPI, disseram que foi um pedido de suspenção temporária. “Eu e a vereadora Núbia solicitamos essa suspenção até que a sindicância que estava acontecendo, mais a investigação do Ministério Público (MP) e ainda a CPI se concluíssem. Para um município do nosso porte, não havia a necessidade de três situações de investigação dos mesmos atos. Então pedimos para que se estendesse até que a sindicância interna realizada por parte do Executivo se concluísse e houvesse a manifestação do MP. De maneira alguma houve a intenção de que a CPI não acontecesse”, esclareceu Celina.

Com relação ao advogado disse que não tem culpa se ele foi o escolhido pelo processo de licitação que foi feito pela Câmara, e se fazia parte da agremiação do seu partido. Celina defendeu a permanência do vereador Emanuel Helfer Kroth na Câmara justificando que sua competência como relator se faz necessária na apuração das investigações, e disse também que não é contra sua ida para a secretaria da Saúde, mas após a conclusão da CPI.

PRESIDENTEO vereador e presidente do Legislativo Elisio Machado (PP) disse que o vereador Emanuel Helfer Kroth deveria continuar como relator porque outro colega não conseguiria realizar o trabalho com tanta eficiência, por não estar a par dos acontecimentos e andamentos das investigações.

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