Vitor Vogt, um jovem escritor

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O número sete é símbolo na vida de Vitor Augusto Vogt, 21 anos. Coincidência ou não, várias fases da vida, momentos importantes, têm relação com o algarismo. Desde o nascimento, no dia 7 de outubro de 1997, até a página do livro no qual sua prosa poética foi publicada: 377.Com o título ‘Porque não choro em público’, o texto de Vitor integra a coletânea Poetize 2019, organizada pela Vivara Editora Nacional. “É gratificante ver o livro com um texto meu. Sempre tive insegurança com a minha escrita, achava que não era boa o suficiente, sempre me cobrei muito, agora vi que realmente tenho talento, estou sendo valorizado, é uma força para continuar”, diz.O morador do bairro Aviação estava em um dia qualquer atualizando as redes sociais, quando um anúncio no Instagram apareceu novamente. “Aquele anúncio já estava há vários dias na minha tela, tirei um print para depois, com calma, verificar o conteúdo”, comenta. E foi o que Vitor fez, acessou o site do concurso Poetize e, com as inscrições prestes a serem encerradas, resolveu concorrer enviando a sua prosa poética.O concurso permitia o envio de até dois textos por autor, de todo o país. Porém, Vitor decidiu arriscar com um só. Foram 2.103 textos enviados para o concurso, apenas 250 seriam selecionados. No dia da divulgação dos finalistas, o jovem acessou o site e não encontrou o nome. “Eu pensei: não foi dessa vez. Mas, dias depois, recebi um e-mail me parabenizando pela seleção da poesia. Vi que não tinha pesquisado direito”, relembra, aos risos.

INCENTIVOO estudante de Produção em Mídia Audiovisual (PMA) salienta a colaboração da família. “Eles me apoiam muito e, com certeza, sentem orgulho de mim. E a aprovação da editora gerou mais confiança, era o que eu precisava para acreditar e mostrar meu trabalho”, afirma.

Foto: Rosana Wessling / Folha do MateJovem se orgulha do texto publicado entre 250 obras de todo o país
Jovem se orgulha do texto publicado entre 250 obras de todo o país

 

Inspiração desde criança e um estímulo do exterior

Vitor lembra que na 4ª série a professora pediu que ele fizesse um livro com imagens e poesias. “Ela deixou livre, poderíamos criar as poesias ou readaptar as conhecidas. Foi nesse momento que decidi escrever.”Já com 13 anos, Vitor queria compartilhar suas obras e pesquisou na internet um local adequado. “Decidi me cadastrar no Recanto das Letras, um site onde muitas pessoas compartilham seus trabalhos. Meus primeiros textos e poemas não eram algo que eu estava sentindo, mas sim, o eu lírico, as poesias eram base da minha percepção sob determinado assunto”, esclarece.O acadêmico começou a compartilhar suas produções, até que, em um dia qualquer, um professor da França, Michel Gaillard, leu a poesia de Vitor no site e o encorajou a publicar seus textos em livros, apresentando editoras a ele. Após muita pesquisa, Vitor decidiu participar de concursos. Hoje, o universitário já aguarda o próximo livro que está sendo diagramado. “Por intermédio desse professor, escrevi 12 crônicas que já foram revisadas pela editora ‘Palavra é arte’ e estão em fase de diagramação. Nos próximos meses, terei em mãos mais um livro com textos meus”, orgulha-se.O jovem escritor não esconde a alegria das produções. Ele salienta que já está trabalhando e escrevendo um romance. “Agora estou confiante o necessário para arriscar, escrever e enviar o material para uma editora.”O rapaz relembra que desde pequeno queria trabalhar com cinema, por isso, escolheu cursar PMA. “Me identifico com o roteiro, tenho muitas ideias. E na direção também, imagino a cena e coloco ela em prática, acredito que isso facilita na hora de escrever. Busco inspiração, procuro o sentimento mais intenso e a forma de expor ele é, sem dúvidas, escrevendo”, finaliza.

Foto: Rosana Wessling / Folha do Mate“Porque não choro em público” é uma inspiração pessoal do autor
“Porque não choro em público” é uma inspiração pessoal do autor

 

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