A sessão da Câmara desta segunda-feira, 10, teve três momentos em que as manifestações das pessoas que acompanhavam os trabalhos paralisaram o andamento do encontro. Em peso no Legislativo, estudantes, professores e funcionários do IFSul vibraram e aplaudiram cada palavra de apoio à Moção de Apelo contra os cortes na educação anunciados pelo Governo Federal. Embora a causa tenha sido nobre, a verdade é que o Regimento Interno não permite manifestações como estas. Óbvio que eu sou a favor da educação, mas a pergunta que quero deixar, é a seguinte: Se nas próximas sessões houver vaias aos parlamentares, seja por que motivo for, a Casa do Povo vai permitir? Gostaria que todo o tipo de manifestação pública fosse permitida – dentro de um limite e com educação, logicamente. Se valem as palmas, valem as vaias.
VETO DERRUBADO
Por maioria, a Câmara derrubou, nesta segunda-feira, 10, o veto do prefeito Giovane Wickert (PSB) ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo número 002/2019, do vereador André Puthin (MDB) e que prevê inserção de artigo no Código de Meio Ambiente e Posturas. Pela proposta do parlamentar, fica proibida a expedição de alvará de funcionamento a casas de diversão noturnas que se localizem a menos de 50 metros de postos de depósitos de inflamáveis e combustíveis. Votaram pela derrubada do veto, além do propositor, Helena da Rosa e Izaura Landim, ambas do MDB; Tiago Quintana, Ana Cláudia do Amaral Teixeira e Sid Ferreira, todos do PDT; Nelsoir Battisti (PSD); e Ciro Fernandes (PSC). Mais uma derrota do governo no Legislativo.
KRÄMER PRESENTE
O vice-prefeito Celso Krämer (PTB) vai muito pouco à Câmara, mas seu nome é sempre pauta nas sessões. Nesta segunda-feira, 10, não foi diferente. O primeiro a falar do petebista foi Ciro Fernandes (PSC), que afirmou que Krämer deveria parar de culpar a Administração anterior, de Airton Artus (PDT), e trabalhar. Fernandes citou como exemplos as estradas do interior e o Arroio Castelhano, duas demandas que não têm sido atendidas pela Prefeitura. “Devia parar de apontar o dedinho, porque já está virando motivo de piada”, comentou. Na sequência, Ezequiel Stahl (PTB) declarou que não entendia a manifestação de Fernandes, “pois eu mesmo estive em algumas oportunidades, durante o período eleitoral, junto com o colega e o Celso (Krämer) e me lembro de você, inclusive, negociar apoio e cargos no Executivo”. Depois, foi presidente do Legislativo, Eduardo Kappel (Progressistas), que disparou: “Um eleitor que tenha dois neurônios sabe que é lógico que a máquina ajuda, e o Ciro está eleito porque atuava na Junta de Serviço Militar, onde livrava do quartel quem não queria ir para lá”.