O capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro foi escolhido na eleição de 2018 como única opção para estancar a roubalheira desenfreada instalada no governo, que beneficiava políticos e militantes dos partidos do governo e da oposição em negociatas com grandes empresas, drenando recursos públicos. O início de governo de Bolsonaro é difícil, bate de frente com o sistema e mostra inabilidade política para lidar com isso.
Com o sistema tentando acuar Bolsonaro, – Rodrigo Maia e ‘centrão’ só votam se os deputados receberem favores pessoais – o domingo teve atos de apoio ao presidente da República e aos seus projetos, em especial dois, a Reforma da Previdência e o Pacote Anti-crime. Em todos os estados do país houve mobilização nas ruas, onde as pessoas de bandeira verde e amarela em punho foram defender Bolsonaro e seus projetos.
Me surpreendeu, não esperava que fosse tanta gente para um ato de apoio, pois o natural são os grandes atos de protestos contra os governos, como foi o das universidades públicas e institutos federais contra cortes na educação, amparados pelos partidos de esquerda e suas bandeiras vermelhas. Vivemos tempos de democracia.
Aqui em Venâncio o movimento Direita Venâncio Aires (DVA) convocou ato para a ‘Praça da Bandeira’ no centro da cidade no domingo a tarde. Na reportagem da Folha, comentários de repulsa à Dario Martins que também convocava para os atos na praça. Fica clara uma disputa pela criação do PSL, partido de Bolsonaro, em Venâncio. De um lado a DVA, que fez a campanha por Bolsonaro, e se sente no direito der criar o partido. De outro um grupo liderado por Dario Martins, sargento da reserva do Exército, agente penitenciário aposentado, ligado às forças policiais e militares que deixou o PSB e já se filiou ao PSL no RS.