Avaga de Airton Artus (PDT) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, a partir de 2023, pode ser confirmada já na próxima semana. O partido do ex-prefeito de Venâncio Aires recebeu convite oficial do governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB), para fazer parte da base do governo, e indicou dois nomes para o primeiro escalão: Eduardo Loureiro e Gilmar Sossella, primeiro e quarto mais votados da legenda para deputado estadual, respectivamente.
Uma pasta, em princípio, é certo que o PDT vai ocupar e, se qualquer um dos dois indicados for confirmado na cúpula, automaticamente Artus estará no Palácio Farroupilha, já que detém a primeira suplência da sigla. O martelo deve ser batido em breve e a notícia será excelente para a Capital Nacional do Chimarrão, que voltará a ter um deputado após mais de duas décadas. Já dá quase pra ‘cravar’ que teremos um representante no parlamento gaúcho após tanto tempo. Aposta boa pra quem gosta.
Wickert: questão mais complicada
A situação do também ex-prefeito Giovane Wickert (PSB) em relação à Assembleia Legislativa é um pouco mais complicada. Segundo suplente da legenda, ele precisaria que o deputado estadual eleito, Elton Weber, e o primeiro suplente, José Stédile, assumissem cargos no Governo do Estado para figurar no Palácio Farroupilha em 2023. O PSB também está em negociações para fazer parte da gestão de Eduardo Leite e Elton Weber pode surgir como integrante de primeiro escalão. No entanto, é improvável que José Stédile também tenha uma oportunidade semelhante.
Em razão disso, a projeção é que Wickert – que foi secretário estadual adjunto de Obras e Habitação no primeiro governo do tucano e chegou a assumir a pasta, nas férias Stédile, que era o titular – seja aproveitado em uma função de segundo ou terceiro escalão nos próximos quatro anos. De qualquer forma, se a convocação se confirmar, será mais um venâncio-airense no Governo do Estado. A sigla tem preferência pela pasta de Obras e Habitação e, inclusive, sugeriu ao governador que a desmembre em duas, em virtude da elevada demanda de trabalho.
Momentos de irritação na sessão
A sessão da Câmara de Vereadores de terça-feira, 6, teve alguns momentos de irritação. Primeiro, foi o presidente da Mesa, Benildo Soares (Republicanos), que não escondeu a insatisfação no sentido de que o projeto do 11 de maio não faria parte da pauta. Assumiu o seu lugar notadamente desanimado. Em seguida, os parlamentares reclamaram da demora para o início da reunião, uma vez que Renato Gollmann (Mais Brasil) estava em evento do Consepro e era aguardado pelos demais. Ele chegou às 18h23min, quando a sessão foi iniciada. Cinco minutos depois, às 18h28min, Ezequiel Stahl (Mais Brasil) – que já estava na Casa, mas havia se ausentado do Plenário Vicente Schuck -, tomou o seu assento.
André Kaufmann (Mais Brasil) só foi aparecer às 18h48min, no entanto esclareceu que teve necessidade de ajudar um familiar de uma assessora que havia se envolvido em um acidente de trânsito. Por fim, o secretário de Meio Ambiente, Nilson Lehmen (MDB), causou a revolta de alguns integrantes da oposição por ocupar a tribuna por muito tempo, encurtando, dessa forma, o período das Comunicações. Muitos declinaram. “Me passaram que o secretário tem prerrogativa”, justificou o presidente Benildo Soares. “Temos Regimento Interno e reunião preparatória, mas o senhor combina as coisas e não cumpre”, reclamou André Kaufmann.
Galo ‘não dá folga’ para Muchila
Clécio Espíndola, o Galo (Mais Brasil), não tem dado folga para o colega Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB). Na sessão da Câmara de terça-feira, 6, o socialista, ao comentar projeto que previa alteração de regras para utilização do Parque do Chimarrão, afirmou que o espaço, coordenado atualmente por Noredi Rodrigues (PDT), “virou uma bagunça” na atual gestão, do prefeito Jarbas da Rosa (PDT) e da vice Izaura Landim (MDB).
Muchila, que foi coordenador na Administração de Giovane Wickert (PSB) e Celso Krämer (na época, no PTB e, hoje, no Podemos), declarou que “a casa foi colocada em ordem”, mas que as coisas já não estavam mais indo bem. Foi quando Galo fez a sua manifestação: “Na gestão passada, cobravam tudo, de todo mundo, e o Parque era uma porcaria. Era R$ 2,5 mil para fazer um rodeio e nem dava para organizar direito. Agora, não cobram nada e a estrutura está muito melhor”.