Venâncio Aires - O vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), decidiu ir à Polícia no caso das acusações de assédio sexual envolvendo um parlamentar que ainda não teve o nome revelado. De acordo com o que registrou, entende que teve o comportamento e a conduta colocados em xeque, uma vez que a vítima acabou generalizando em sua postagem nas redes sociais. Muchila diz que não vai sossegar até que seja tornado público o nome do responsável pelo envio de material com conotação sexual. “Ou fala quem foi, ou vai ter que me pagar um dinheiro, e não vai ser pouco”, afirmou. Em entrevista ao programa Terra em Uma Hora, da Rádio Terra 105.1 FM, ele disse, inclusive, que “a patroa, lá em casa, me olhou de revesgueio”. O socialista acredita que o vereador envolvido não vai se manifestar. “Foi homem só para mandar pornografia”, disparou.

Procurado pela coluna, o delegado Guilherme Dill, responsável por analisar o caso, disse que o crime em questão é de menor potencial ofensivo e, dessa forma, será instaurado um termo circunstanciado. “Esse procedimento é simplificado e não serão feitas diligências, apenas remessa ao Ministério Público e ao Poder Judiciário”, esclareceu. Dill ressaltou que deve ser realizada uma audiência preliminar na tentativa de reconciliação, mas se a vítima sinalizar para a necessidade de mais explicações, deverá contratar um advogado e entrar com um pedido específico para isso, conforme o artigo 144 do Código Penal. “Ou fazer queixa-crime diretamente contra quem for suspeito, pois se trata de crime de ação penal privada. A ação da Polícia é restrita a isso, nesses casos”, disse o delegado.

É importante deixar bem claro, aqui, que Dill se refere ao boletim registrado por Muchila, o único que tinha conhecimento até ontem. Embora a mulher que fez as acusações tenha publicado, novamente nas redes sociais, que também levaria o caso à Polícia, até o momento não há ocorrência, a não ser que tenha sito efetivada de forma online, o que acaba atrasando alguns dias a chegada até a Polícia Civil. Enquanto isso, a polêmica segue repercutindo na cidade. Até porque, na terça-feira, 14, uma nova postagem da mulher que teria recebido conteúdo pornográfico movimentou as redes sociais. “Nos últimos dias, tenho recebido pressões e ameaças depois de relatar uma situação que vivi. Por isso, para preservar a minha segurança, não vou mais me manifestar a respeito publicamente. O que precisa realmente ser informado é que já registrei ocorrência das ameaças e as medidas legais serão tomadas. Peço apenas respeito e empatia. Nenhuma mulher deve ser intimidada ou silenciar por falar sobre o que lhe feriu”, escreveu. A coluna tentou contato, mas a mensagem enviada não foi respondida pela vítima.

Rapidinhas

  • Vereador Nilson Lehmen (MDB), que é advogado, afirmou na tribuna da Câmara, na sessão da noite de segunda-feira, 13, que golpistas têm usado o seu nome para tirar dinheiro de clientes. “Como os processos são públicos, eles fazem consultas, pegam os nomes das pessoas e vão em busca do número do WhatsApp. Aí mandam mensagem dizendo que a causa está ganha, mas que precisa de um valor para finalizar os trâmites. Infelizmente, alguns caíram”, lamentou, para em seguida dizer que registraria um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).
  • Cercas elétricas voltam à pauta e, claro, geram polêmica. De acordo com o vereador Ezequiel Stahl (PL), proprietários de imóveis que têm os equipamentos estariam sendo notificados pela Prefeitura para que eles sejam retirados. “Estão simplesmente fechando os olhos para a hierarquia de normas”, declarou, em referência ao fato de que há lei federal para regulamentar as cercas elétricas e a legislação municipal, que não permite os dispositivos, seria descartável. “Não tem outra explicação: querem facilitar a vida dos criminosos e causar prejuízos aos cidadãos de bem”, queixou-se.
  • “Os médicos de Venâncio Aires não querem operar pelo SUS [Sistema Único de Saúde] e o hospital [São Sebastião Mártir] não deixa vir profissionais de fora para não se indispor”. A manifestação é do vereador Everton Dias (PDT), que vem insistindo para que as cirurgias oftalmológicas (catarata) anunciadas recentemente sejam realizadas na Capital Nacional do Chimarrão.
  • Uma pessoa muito especial está colhendo mais uma rosa no jardim da vida no dia de hoje. Minha esposa, Cassiane da Silva Rodrigues, que me deu a maior alegria até hoje – ser pai da apaixonante Lívia Rodrigues Dickow, atualmente com 9 anos -, completa 34 anos. Agradeço todos os dias por tê-la ao meu lado e pela nossa família. Cassiane, que todos os teus sonhos se realizem e que tu tenhas uma vida cheia de carinho, amor e sucesso. Te amo muito!