De segunda-feira, 22, tudo indica, não passa. A sessão da Casa do Povo da próxima semana deve ser muito prestigiada e, talvez, tumultuada. O projeto é, em tese, simples, pois trata da alteração de feriado. Simples no sentido do rito, mas extremamente polêmico e ainda sem uma definição. Na sessão de segunda-feira, 15, o proponente, vereador Benildo Soares (Republicanos), afirmou que está sendo pressionado e acusado de estar utilizando a matéria que prevê feriado no dia do aniversário da Capital Nacional do Chimarrão, dia 11 de maio, politicamente.
“A Ana Cláudia (do Amaral Teixeira, vereadora do PDT) e a Caciva (Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires) me pressionaram e acusaram na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)”, declarou. O clima está longe de ser amistoso e as hostilidades devem aparecer. Conforme levantamento feito pela reportagem da Folha do Mate, há sete votos favoráveis à alteração da data do feriado, outros três contrários e cinco vereadores ainda não decidiram como vão se posicionar a respeito.
Kaufmann provoca governistas
André Kaufmann (PTB) voltou a alfinetar a base governista, em especial vereadores que estavam na Câmara no período da Administração do ex-prefeito Giovane Wickert (PSB). “Onde andam os leões das redes sociais? Sumiram ou foram extintos? Os leões que tinham solução pra tudo viraram gatinhos?”, provocou. De acordo com ele, “quando se é oposição é fácil criticar e dizer que o outro é incompetente, mas quando se está em determinada função e tem que fazer as coisas acontecerem, aí se dão conta de que não é tão fácil como eles diziam”.
Rapidinhas
- Depois de duas campanhas eleitorais na equipe do ex-prefeito Giovane Wickert (PSB) e períodos na Comunicação do Município, da Câmara e como assessora da vereadora Sandra Wagner (PSB), a jornalista Vanessa Behling deixa a política e vai para a iniciativa privada. Legal ver este tipo de movimento, pois normalmente ocorre o contrário. Sinal de que ainda é possível mostrar profissionalismo na política e ser valorizado fora dela. A substituta é a ex-secretária de Planejamento e Urbanismo, também na gestão de Wickert, Jalila Stahl Böhm Heinemann.
- “Sou bugra, como dizem, brasileira. Mas admiro muito a cultura alemã, que é tão presente aqui no nosso município”. A manifestação foi da vereadora Claudete Cittolin (PSD), ao parabenizar o grupo Die Schwalben, que ocupou a tribuna, na sessão da Câmara de segunda-feira, 15, para fazer o convite do 15º Festival de Cultura Alemã, que será realizado neste sábado, 20, no ginásio Luizão, em Vila Santa Emília.
- Liderança das pessoas com deficiência em Venâncio Aires, Paulo Becker entrou em contato com a coluna para pedir que as pessoas que utilizam patinetes, skates e bicicletas não invadam as calçadas e as rampas de acessibilidade, em especial na região central da Capital do Chimarrão. Ele lembra que somente carteiros podem circular de bicicleta pelas calçadas, pois estão prestando um serviço. “As regras estão previstas no Código de Posturas do Município”, destacou Becker.
- Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), afirmou na sessão da Câmara de segunda-feira, 15, que o Ministério Público já está de posse das informações e deve pedir esclarecimentos à Prefeitura sobre supostos desvios de função de cargos em comissão (CCs). Segundo ele, uma lista com os nomes de nove CCs que concorreram a vereador e estariam “em postos de saúde entregando fichinhas”, o que não seria compatível com as funções para as quais foram designados, deve vir à tona em breve.
- “Pra cobrar a conta é uma eficiência, mas quando tem que resolver problemas, aí é uma demora sem tamanho”. A queixa é do vereador Ezequiel Stahl (PTB) e tem como ‘alvo’ a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Isso porque, segundo ele, ainda há registros de água com coloração saindo das torneiras em Venâncio Aires.
- César Garcia (PDT) tem criticado, durante as sessões do Legislativo, os colegas que tentam capitalizar politicamente tudo que é possível. Ele entende que a eleição ou reeleição de quem quer que seja depende do trabalho prestado à comunidade. O pedetista acha que os ânimos estão se acirrando muito antes do pleito de 2024. “Falta um ano e meio ainda, praticamente, para irmos novamente às urnas. Tem que trabalhar e parar de se preocupar em atacar os outros. Se tu fizer a coisa certa, vai bem ao natural”, comentou ele.