No dia 4 de dezembro, estávamos entre mais de 100 pessoas, seguramente, na Associação Esportiva São Pedro (Assespe), em Linha Grão-Pará, no interior de Venâncio Aires – havia jogo de futebol festivo entre Folha do Mate/Terra FM e Time do Prefeito, além de encerramento de ano dos Correios -, quando um temporal surpreendeu a todos. Folhas de aluzinco de um dos pavilhões da comunidade foram ‘arrancadas’ pelo vento e galhos de árvores ‘voavam’ nas proximidades. Tivemos que ficar entre o pavilhão menos afetado e o ginásio de esportes por quase uma hora, até que a fúria da natureza fosse amenizada.

Assim que foi possível, uma parte da turma saiu para começar a contabilizar os estragos e, a outra, ficou ajeitando e limpando os pontos atingidos pela água. Na sequência, iniciou uma mobilização e, no sábado seguinte, dia 10 de dezembro, o pavilhão estava novamente coberto, vidros quebrados tinha sido trocados e a comunidade e os visitantes já puderam usufruir da estrutura novamente. Ou seja, voluntários – ou melhor, pessoas que pagam mensalidade/anuidade para manter a Assespe em atividade – demoraram menos de uma semana para colocar a ‘casa em ordem’. E assim acontece nas comunidades ou em residências particulares.

Os dois primeiros parágrafos desta coluna foram escritos apenas para trazer um exemplo de responsabilidade e de apreço pela segurança das pessoas, pois passa longe de ser fácil reconstruir após um temporal com a força daquele do dia 4. Várias outras entidades e casas sofreram prejuízos e, provavelmente, todas já estão reerguidas, pois em cada cantinho de Venâncio Aires tem gente trabalhadora e disposta a ajudar. E, agora, vou passar ao assunto que pretendo dar destaque nesta edição. Que bom que estamos em período de recesso político, pois assim sobra espaço para tratar de outras questões não menos importantes.

No mesmo dia 4 de dezembro, o mesmo temporal que destruiu parte do pavilhão da Assespe ‘entortou’ um poste da rede de energia no cruzamento das ruas Sete de Setembro e Cláudio Reckziegel, em uma das esquinas do Cemitério Municipal. De lá para cá, o ângulo do poste em relação à via é cada vez menor. Escrevi aqui sobre os perigos da queda, o assunto foi levado para a Câmara, pelos vereadores André Puthin (MDB) e Renato Gollmann (Mais Brasil), a Prefeitura já pediu providências, mas o poste está lá, só ‘esperando a hora de cair, o que certamente irá acontecer se os responsáveis não tomarem providências a respeito o quando antes.

Alguns vão dizer que gastei uma coluna inteira para falar de um poste torto, só que convido todos a atentar para os riscos. Há fios energizados forçando a estrutura de madeira e que ficarão no chão, se não derem um jeito no problema. Mas, o que mais me preocupa, é o poste cair sobre um carro ou um pedestre, porque os veículos seguem passando pelo local, bem como as pessoas continuam circulando pelas calçadas próximas. Como é que voluntários resolvem as pendências de uma comunidade em uma semana e uma concessionária superpoderosa não dá a mínima para um problema anunciado há mais de 20 dias e que gera riscos às pessoas? Se Deus quiser, nada vai acontecer e alguém vai ajustar o poste. Mas, se acontecer, não haverá argumento de defesa para este caso.

Rapidinhas

• O recesso da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires se estende até o dia 31 de janeiro de 2023. O retorno das atividades legislativas ocorre em 1º de fevereiro e a primeira sessão ordinária está marcada para o dia 6 de fevereiro, às 19h, no Plenário Vicente Schuck. A não ser que alguma extraordinária seja convocada, teremos um vácuo de pouco mais de um mês.

• Fontes dos bastidores da política garantem que o vereador Renato Gollmann (Mais Brasil) chegou a abrir tratativas com o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) para integrar o governo. A ele teria sido oferecida uma secretaria, mas a negociação acabou esfriando. Gollmann nunca falou sobre a especulação.

• Até o fim de semana, o governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB), deve anunciar todos os integrantes do primeiro escalão do seu segundo governo. Aumenta a expectativa para um nome do PDT, pois em caso de um deputado estadual eleito ser chamado, Airton Artus vai para a Assembleia Legislativa. É bem provável que isso aconteça e Venâncio Aires passe a ter um representante no Palácio Farroupilha em 2023. Entrará para a história.

• Fim de semana de Natal foi de muitas mortes no trânsito no Rio Grande do Sul: 13, no total. Que todos façam a sua parte para que no Ano Novo isto não se repita.