Denúncias e ânimos à flor da pele

A sessão da Câmara de Vereadores de segunda-feira, 16, teve mais do mesmo: muitas denúncias, nenhuma prova apresentada e bate-boca entre os parlamentares. A oposição sustenta que, só em razão do período eleitoral, a Administração resolveu colocar as máquinas nas estradas para tentar resolver as demandas de usuários e agricultores. A situação lembra da recente tragédia climática e alega que os oposicionistas não querem que os serviços sejam prestados à comunidade para que possam falar mal do prefeito Jarbas da Rosa (PDT), que concorre à reeleição e tem como adversários nesta acirrada disputa Cândido Faleiro Neto (PT), Giovane Wickert (PSB) e Maciel Marasca (PP).

Brita, colchão, kits de higiene e limpeza, acesso a propriedades, areia, rachão, de tudo já havia saídos dos pronunciamentos dos vereadores que não fazem parte da base governista. Mas, na sessão desta semana, André Kaufmann (PSDB) foi mais longe. Classificou como “roubo” o fato de a Prefeitura, supostamente, estar cadastrando pessoas que não foram atingidas pela enchente – mas que têm suas casas dentro da mancha de inundação – para receberem os R$ 5,1 mil do Auxílio Reconstrução, benefício do Governo Federal. “Isso não tem outro nome”, disparou.

Quem rebateu foi o líder de governo no Poder Legislativo, Gerson Ruppenthal (PDT). “O André vem falar em roubo e em desvio da Administração, logo ele que, quando foi secretário [de Desenvolvimento Rural], cobrava para enterrar os animais. Agora quer defender os agricultores?”, questionou. Antes de encerrar o seu pronunciamento, o pedetista ainda provocou os colegas de oposição: “Quando vai a brita, reclamam que tão trabalhando demais. Quando não vai, reclamam da mesma maneira”. Sobre as denúncias de favorecimento eleitoral com a distribuição de material e outros itens, desafiou os colegas de Câmara a apresentarem provas.

Por mais consciência no trânsito

Tinha comentado com amigos sobre a impressão de que o trânsito de Venâncio Aires está mais intenso nos últimos dias, tanto na região central quanto nas principais artérias que dão acesso ao coração da cidade. Isso porque me vi envolvido em algumas situações que podiam ter tido desfecho negativo, felizmente nenhum delas como causador. Pois ontem, três graves acidentes foram registrados na Capital do Chimarrão, além de pelo menos mais um com uma pessoa ferida sem maior gravidade.

Não sei se o movimento tem relação com o período eleitoral ou se o pessoal estava mais agitado esta semana por conta do feriado de amanhã, mas é preciso colocar a mão na consciência, tirar o pé (ou a mão, no caso dos motociclistas) do acelerador e não arriscar manobras desnecessárias. Com a proximidade do fim do ano, o fluxo deve se elevar ainda mais e, se não houver uma convergência de todos no sentido de direção defensiva, vamos contabilizar muitas ocorrências ainda em 2024.

Rapidinhas

Diego Wolschick (PP) reclamou, na tribuna da Câmara, na sessão de segunda-feira, 16, não ter sido citado pelo protocolo no desfile cívico de 7 de setembro. “Fui o único vereador a não ter a presença citada. Isso é uma falta de respeito e não foi a primeira vez que aconteceu”, lamentou o parlamentar.

Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), não perdoou a saída mais cedo da sessão da presidente da Casa, Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos), na segunda-feira, 16. “Saiu para um encontro de família e quer falar em descontar salário de quem não fica até o fim”, comentou o vereador, em referência à ideia dada por Claidir, dias antes, neste sentido.

Tiago Quintana (PDT) sugeriu que o coordenador da Vigilância Sanitária, Gabriel Alves, e um representante da associação dos fiscais, sejam convocados para falar aos vereadores sobre as ações realizadas. Isso porque muito tem se falado sobre dificuldades de empreendedores e agroindústrias, especialmente, com as exigências impostas pelo setor.

Gerson Ruppenthal (PDT) e Ezequiel Stahl (PL) voltaram a protagonizar embate acalorado na Câmara. Foi na sessão de segunda-feira, 16. Ao contestar queixas de Stahl relacionadas à saúde, Ruppenthal comentou que o colega foi atendido, recentemente, no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). O vereador do PL retrucou dizendo que o atendimento foi pela Unimed e teria chamado desafeto de “animal”. O pedetista afirmou que enviaria o áudio à Susepe. Stahl deu uma gargalhada.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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