Repercutiu, e muito, a matéria publicada na edição de fim de semana da Folha do Mate, com as declarações do comandante regional de policiamento ostensivo do Vale do Rio Pardo, coronel Giovane Paim Moresco. Ao conceder entrevista ao programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Rádio Terra FM, na sexta-feira, 16, ele se mostrou indignado com a soltura de presos – em especial no recente episódio de furto a uma residência em Vila Arlindo, no interior de Venâncio Aires -, quando cinco dos seis detidos pela Brigada Militar foram liberados depois das audiências de custódia. O que ficou preso estava foragido.
Há quem entenda que não compete à Brigada Militar criticar decisões judiciais, pois a corporação deve cumprir seu papel constitucional de policiamento ostensivo e, quando houver flagrante, efetuar a prisão. Quem concorda com esta opinião defende que, se o Judiciário decide pelo relaxamento da prisão, é porque existe legislação que corrobora com isso. E, para uma mudança na situação, seria necessário alterar a lei. Nesse sentido, respingam críticas para os políticos, que têm a prerrogativa para isso.
Por outro lado, há relatos como o de um ex-policial militar, que diz ter dedicado metade da vida à BM. Muitas vezes, segundo ele, o orgulho da atuação virou frustração por conta de brechas na lei que beneficiam os criminosos – a audiência de custódia foi um exemplo elencado. O ex-PM compactua com a declaração de Moresco sobre “prender 30 vezes, se for preciso” e nunca desistir, mas salienta que tem pena das pessoas de bem, pois com a legislação branda, os delinquentes têm certeza da impunidade. Alguns comentários também vão de encontro ao Judiciário, no sentido de que juízes não respeitam quem cumpre as leis, no caso, os PMs.
CIP em pauta nesta quinta-feira
O encontro para tratar da Contribuição de Iluminação Pública (CIP) é uma iniciativa do vereador Nelsoir Battisti (PSD), vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores e atual presidente da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Casa do Povo. A reunião está marcada para quinta-feira, 22, às 19h, no Plenário Vicente Schuck. “A proposta é ver quantas lâmpadas nós temos hoje, quanto estamos gastando de iluminação e de aluguel dos postes, porque a gente paga isso”, comenta.
De acordo com Battisti, também está na pauta o total gasto com os servidores do Setor de Eletrificação e manutenção dos veículos. “Precisamos fazer este levantamento, para ver se existe a possibilidade de redução do valor da CIP. Temos que chegar a um equilíbrio. Não precisa dar lucro, mas a conta tem que fechar, pelo menos ficar no zero a zero”, salienta, acrescentando que o número aproximado de postes subiu de 10,8 mil para 12 mil e que também é prudente haver uma reserva de recursos para futuros investimentos, além de manutenção e troca de equipamentos, quando for o caso. Sandra Wagner (PSB) foi outra vereadora que levantou o tema recentemente. Ela integra a COF como membro.
Rapidinhas
Vereador Eligio Weschenfelder (PSB) classifica como “achismo” os comentários dos bastidores da política que apontam Jarbas da Rosa (PDT) e Izaura Landim (MDB) como a chapa favorita para a eleição majoritária em 2024. “Pelo tanto de reclamações que recebo todos os dias, não acredito que esta chapa é tão favorita”, escreveu o parlamentar à coluna. Muchila é vereador de oposição, crítico contumaz da atual Administração e fará campanha para Giovane Wickert (PSB), que se lançou pré-candidato a prefeito, no entanto ainda não tem um vice definido.
Encontrei o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) na Assespe, em Linha Grão-Pará, na tarde de domingo, 18. Como sempre faz, escolheu um dos jogos do fim de semana para prestigiar, entre Assespe e Juventude, válido pela primeira rodada da Copa Serrana, que terminou empatado em 3 a 3. O pedetista está confiante em um bom resultado nas urnas, em outubro, o que significaria, para ele e Izaura Landim (MDB), mais quatro anos à frente do Poder Executivo. Jarbas não acredita que perderá partidos como União Brasil e Republicanos, que sofrem assédio de outras vertentes políticas. E ainda quer contar com o PSDB em 2024.
Muita gente em dúvida de qual rumo tomar na política. E, pelo que ouço, o que menos importa é a questão da ideologia. Os políticos estão mais preocupados em facilitar seus caminhos para alcanças os objetivos traçados por eles.