O empresário Maciel Marasca (PP) não tem perdido uma sessão da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires. Todas as segundas-feiras, antes das 19h, ele chega ao Plenário Vicente Schuck – ‘palco’ dos encontros do Poder Legislativo – e, normalmente, só sai após o fim do encontro. Dá cada vez mais sinais de que o sonho de ser prefeito da Capital Nacional do Chimarrão não foi sepultado com a segunda colocação nas urnas no ano passado, ao lado de Alexandre Wickert (PL).
Na reunião desta semana, ele conversou com o também empresário Adilor Adams e com o ex-presidente da Câmara, corretor de imóveis e presidente do Clube de Leituras, Telmo Kist, mas a maior parte do tempo ficou trocando ideias com dentista Cristian Deves, nome que foi ventilado para a corrida ao Legislativo no ano passado, mas não se confirmou.
Deves não descarta uma nova investida política. Em 2008, justamente pelo PP, concorreu a vereador, fez 1.003 votos (sétimo mais votado), mas não conseguiu se eleger. Cinco dos 10 parlamentares eleitos naquele ano fizeram menos votos que ele. Assumiu duas vezes durante a legislatura 2009-2012. Em 2012, tentou uma cadeira na Casa do Povo mais uma vez pelo PP, mas os 654 votos não foram suficientes. Mesmo assim, foi mais votado que um dos 15 parlamentares eleitos na ocasião. A aproximação de ambos pode ser um prenúncio de novidade na política local.
Superávit, IPTU e região baixa
Ao cobrarem medidas contra as enchentes e enxurradas, moradores da parte baixa de Venâncio Aires citaram dois temas, especialmente: o superávit anunciado pela Prefeitura e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Em relação ao superávit, querem saber se este dinheiro não pode ser utilizado para ações que tenham como objetivo minimizar, pelo menos, os impactos dos fenômenos climáticos. Já sobre o IPTU, a intenção de muitos contribuintes é não quitar o pagamento, uma vez que sustentam que não têm retorno. Recentemente, houve discussão na Câmara de Vereadores sobre a possibilidade de isenção do tributo para proprietários de imóveis atingidos pela cheia do arroio Castelhano, em maio do ano passado. No entanto, o benefício foi concedido apenas para a região de Vila Mariante, sob a justificativa de que a parte baixa já é contemplada com redução do IPTU por conta de fazer parte das áreas alagáveis.
Moções de repúdio na Câmara
Duas moções de repúdio foram aprovadas, por unanimidade, durante a sessão da Câmara de segunda-feira, 17. Uma é de autoria do vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), e tem como destinatário o governador Eduardo Leite (PSDB), em decorrência da instalação de uma segunda praça de pedágio ao longo da RSC-453, rodovia que conecta Venâncio Aires a Lajeado. A outra é do vereador Diego Wolschick (PP) e tem como objetivo criticar a manifestação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante pronunciamento no dia 30 de janeiro de 2025, quando culpou as cheias ocorridas no Rio Grande do Sul no ano de 2024 pelo déficit fiscal do seu governo.
Rapidinhas
Jeferson Schwingel, o GP (PP), solicita à Prefeitura disponibilização de um banheiro para cadeirantes no posto de saúde do bairro Gressler. Ele garante ter recebido vários pedidos neste sentido e entende que “se o poder público cobra das empresas, tem que dar o exemplo e fazer sua parte”.
Paulo Mathias Ferreira é perda irreparável para Venâncio Aires. O presidente do MDB faleceu na noite de segunda-feira, 17, aos 65 anos. Um político acessível e que nunca deixou de se posicionar quando foi acionado pela coluna. Uma das fontes confiáveis que conheci desde que assumi este espaço.
