Citado nas últimas colunas em virtude de ser o primeiro suplente do Podemos, Diego Krämer fez contato e solicitou espaço para se manifestar a respeito dos atritos internos da sigla, expostos por conta dos dissabores entre o presidente Celso Krämer (seu pai) e o único vereador da sigla, Alberto Sausen. Diego afirmou que cada um tem sua maneira de pensar e modo de atuar e, apesar de entender que Sausen deveria adotar uma postura de fortalecimento da legenda – em vez de se alinhar à base que sustenta a gestão de Jarbas da Rosa (PDT) – não tem problemas com ele. “Não quero confusão com ninguém”, reforçou.
O suplente diz que respeita o resultado da eleição e também que não faz questão de assumir vaga na Câmara pelo período de 30 dias, apenas. “Assumiria por respeito aos meus 908 eleitores e por outras pessoas que acreditam em mim, mas não estou correndo atrás de cargos. Tenho meus compromissos profissionais e queria mesmo ser vereador, mas não fui o mais votado e tenho que entender isso. Nós tínhamos convicção de que faríamos dois vereadores, mas infelizmente não deu”, lamentou.
Diego é fumicultor, trabalha como caminhoneiro e recentemente assumiu representação comercial no setor agropecuário. “Não concorri por dinheiro. Queria me eleger para ajudar, principalmente, as pessoas da minha região. Do jeito que as coisas estão sendo faladas, parece que eu estou pressionando por vaga na Câmara ou algum cargo”, justificou ele. O suplente reforçou seu entendimento de que o vereador poderia pensar na consolidação da sigla – caso optasse por contemplar não ele, mas outros integrantes do partido que colaboraram com a sua eleição -, contudo reafirmou que não quer se envolver em polêmicas. “Temos o Renato Gollmann, o Valdirio Becker e a Fernanda Ehlers, por exemplo, que poderiam ter sido lembrados. Mas é prerrogativa do eleito”, declarou.
Robinho se despede da Câmara
Robson Nunes, o Robinho (PSB), deixou a Câmara esta semana, após oportunidade de 30 dias, na vaga de Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB). Na despedida, segunda-feira, 30, afirmou que merece estar na Casa do Povo e que vai trabalhar muito para ser vereador titular já na próxima legislatura. Como últimos atos, encerrou um mal-entendido com Everton Dias (PDT) e fez uma provocação a Alberto Sausen (Podemos): “Como o senhor votou contra a minha estada aqui, queria que mudasse de ideia e desse oportunidade ao suplente, no caso o Diego Krämer”.
No momento da votação de licença de Muchila, Sausen votou contra o afastamento. Não pela posse de Robinho, mas pelo fato de que Muchila tinha se posicionado contra a saída de Tiago Quintana (PDT) para ser secretário de Governança e Gestão. Quando ocupou a tribuna, o vereador do Podemos rebateu com ironia. “Falem de bem ou falem de mal, mas falem de mim. Já estão fazendo campanha para este vereador”, afirmou.
Rapidinhas
Na conversa que tive com Diego Krämer (Podemos), ficou claro que ele só não vai sair do partido pela condição de primeiro suplente no Legislativo. Ou seja, tem a expectativa de ganhar uma oportunidade, embora Alberto Sausen esteja em rota de colisão com o presidente da legenda, Celso Krämer, pai de Diego, o que sem dúvida influencia em decisão para cedência de espaço na Casa do Povo. Na eleição de 2028, Diego quer estar alinhado à direita. Ou seja, a estada no Podemos é questão de tempo.
Vereadores que têm raízes na região serrana de Venâncio Aires estão animados com a possibilidade de o trecho de sete quilômetros da ERS-422, entre Linha Brasil e Vila Deodoro, finalmente ganhar asfalto. Como a Prefeitura está providenciando o projeto executivo para a obra, agora a expectativa é de onde virão os recursos para a execução. O Município deve entrar com alguma parte, mas emendas parlamentares também serão buscadas. Além disso, a hipótese de um financiamento é cada vez mais provável.
Alessandra Ludwig (PDT) lembrou do avô, o ex-vereador Orlando Schultz (já falecido), ao comentar sobre episódio de divulgação, nas redes sociais, do valor gasto pelos vereadores com diárias no primeiro semestre do ano. “Meu avô tinha medo que fizessem politicagem comigo. Na outra eleição, vivi a situação de estar fazendo parte de um conselho e meu votos foram invalidados. Agora, uma nova tentativa de desgastar a minha imagem. Qual é o problema de irmos buscar recursos? Vou onde tiver que ir e sempre me manifestarei nesta tribuna”, argumentou ela, que aparece na sexta colocação no material que foi publicado.