Juliano Angnes e Luís Fernando Siqueira, respectivamente presidente e administrador do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), estiveram na Câmara de Vereadores, na segunda-feira, 12, e participaram da reunião preparatória, que acontece das 18h às 19h, antes da sessão ordinária. Os dirigentes da instituição de saúde foram à Casa do Povo para pedir o empenho dos parlamentares junto a deputados estaduais, deputados federais e senadores no sentido de confirmação de recursos por meio de emendas parlamentares para assim que for possível.
Há alguns meses, os dois estiveram em Brasília, acompanhados do prefeito Jarbas da Rosa (PDT), para encaminhar demandas e voltaram com o comprometimento de alguns políticos referente a repasse de valores, o que só deve ser viabilizado após as eleições. Angnes e Siqueira, que já tinham a preocupação em relação ao déficit mensal de aproximadamente R$ 700 mil, somaram a isso o provável ajuste dos profissionais de Enfermagem, que foi suspenso pelo Superior Tribunal Federal (STF), mas deve voltar à pauta com frequência. A estimativa é de que o déficit chegaria a R$ 1 milhão por mês com a implementação do piso da categoria.
A diretoria do HSSM já se manifestou, por diversas vezes, a favor da valorização dos profissionais de Enfermagem. No entanto, também tem deixado claro que não vai conseguir manter todos os empregos caso a lei seja cumprida. Angnes costuma ser um pouco mais comedido no que diz respeito ao assunto, mas Siqueira exalta a necessidade de busca de novas receitas como forma de não inviabilizar o funcionamento da casa de saúde. O administrador já falou, até mesmo, em risco de fechar as portas do hospital.
Saída nada amigável do Turismo
Não foi nada amigável a saída de Luiz Ertel do Departamento de Turismo, órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, pasta comandada por Nelsoir Battisti (PSD). Assim que foi exonerado, Ertel direcionou uma enxurrada de críticas a Battisti e não pediu segredo, tanto que publicou um texto gigante expondo o seu descontentamento aos integrantes da Associação de Turismo Rural Rota do Chimarrão (Aturrchim) e do Conselho Municipal do Turismo (Comtur).
Inclusive, anunciou que o Balneário Paraíso, empreendimento de sua propriedade, não faz mais parte dos atrativos turísticos da Aturrchim. Também se queixou do fato de ter sido orientado a não usar espaço em assembleia da entidade para justificar os motivos pelos quais foi exonerado do cargo em comissão (CC) que ocupava. É o segundo servidor que sai desgostoso do setor em pouco tempo. Antes, foi Osvaldo Pinheiro. A polêmica deve ‘pipocar’ nos bastidores da política nos próximos dias.
Rapidinhas
• O vereador Ezequiel Stahl (PTB) sugeriu, durante a sessão de segunda-feira, 12, que a praça onde ocorreu o atropelamento com morte, no bairro Bela Vista, no dia 7 de setembro, passe a se chamar Terezinha Leni de Souza de Campos, nome da vítima da fatalidade. Ele destacou que a legislação prevê que homenagens como esta só podem ser feitas após um ano do falecimento, mas entende que, em razão da comoção causada em Venâncio Aires, seria possível denominar o espaço público antes disso.
• Há uma diferença notória em relação à atuação dos vereadores de Venâncio Aires, neste ano, no que se refere às eleições gerais. Todos têm se manifestado no sentido de que os eleitores da Capital Nacional do Chimarrão devem dar preferência aos candidatos locais. Dizem ainda que, caso não simpatizem com nenhum deles, procurem dar seu voto de confiança aos políticos que têm histórico de parceria com o município, seja na intermediação de agendas, projetos ou envio de recursos para atendimento de demandas. É um sinal interessante de convergência para a necessidade de elegermos, enfim, representantes locais. Airton Artus (PDT), Celso Krämer (Podemos) e Giovane Wickert (PSB) buscam vaga na Assembleia Legislativa, enquanto Silvia Schirrmann (Podemos) quer ser deputada federal.
• Clécio Espíndola, o Galo (PTB), afirmou na sessão do Legislativo que já é possível notar as melhorias nas estradas do interior. Uma semana antes, quando foi pedir providências diretamente ao prefeito Jarbas da Rosa (PDT), ouviu do chefe do Executivo que, em 60 dias, o cenário seria bem diferente, em especial na região do Barro Branco. “Tomara que fique tudo que nem pros lados da serra. Lá, nem bem os buracos abrem e já estão arrumando”, brincou o vereador, fazendo referência ao fato de que o líder de governo na Câmara, Gerson Ruppenthal (PDT), é morador da região.