Venâncio Aires completou ontem, oficialmente, dois anos de pandemia do novo coronavírus. O dia 14 de abril, em 2020, foi a data do primeiro caso confirmado da doença na Capital Nacional do Chimarrão. Na edição de hoje, a Folha do Mate publica uma breve ‘retrospectiva’ deste período (páginas 4 e 5) e destaca os sinais de fraqueza que a Covid-19 está dando, depois de tanto tempo assombrando a comunidade e interrompendo trajetórias precocemente. Fica aqui o meu abraço à Luciana Loeblein e aos filhos Christian e Matheus, que perderam o marido e pai Marcelo Loeblein, e também ao Adriano Mees, que teve o irmão Clari Mees vencido pela doença. Os familiares me receberam para entrevistas e contaram que estão tentando retomar as suas rotinas aos poucos. Nos dois casos, a saudade é companheira diária. Marcelo e Clari, pelos relatos das famílias, lutaram muito para superar o coronavírus – assim como tantas outras pessoas em Venâncio Aires -, mas infelizmente não conseguiram. Desejo força a todos para que possam seguir as suas vidas.
Declarações polêmicas
Duas frases não pegaram bem durante a sessão da Câmara de Vereadores de segunda-feira, 11. No momento em que era discutido o projeto que autorizava a cobrança de Contribuição de Melhoria dos proprietários de imóveis na Estrada de Linha Hansel, que será contemplada com pavimentação asfáltica, Alexandre Fernandes (PSD), favorável à proposta, mandou a seguinte declaração: “Se a gente questionar os moradores, acho que 100% vão querer a obra, mesmo que tenha que pagar. Se de repente ficar pesado para pagar e não quiser ficar ali, que se desfaça do imóvel e vá morar mais para o interior”. Imediatamente, as pessoas que estavam acompanhando a sessão se manifestaram, se mostrando contrariadas pela manifestação.
Depois, foi a vez do presidente da Mesa Diretora, Benildo Soares (Republicanos), largar uma frase polêmica, que foi considerada ‘pesada’ por quem estava no Legislativo. Ao repercutir a questão do feriado de aniversário do município, afirmou que, quando a mudança foi autorizada, o Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos (Igam) havia indicado que a troca não deveria ser concretizada. Agora, com a intenção de reverter a situação, Soares tentou sensibilizar o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) a elaborar um projeto de lei, mas, segundo ele, a resposta foi negativa. E aí veio a declaração que chamou a atenção: “Fui falar com o prefeito e ele disse pra fazer pela Câmara, que ele não vai fazer nada. O prefeito só tirou do dele. Pra botar no dos outros é fácil, mas não tem problema. Vamos atrás do plebiscito e, se tiver que ir para a Justiça, vamos também”.