A vereadora Sandra Wagner (PSB) utilizava a tribuna, no período das Comunicações, na sessão da Câmara de Venâncio Aires de segunda-feira, 25, e falava sobre a máxima de que ‘enterrar canos não dá voto’, pois este tipo de obra não é visível, quando o colega Renato Gollmann (PTB) pediu um aparte e compartilhou uma opinião pessoal. “Boa parcela da derrota do Giovane (Wickert, ex-prefeito do PSB) na última eleição foi por conta disse”, comentou, em referência ao fato de que as obras de esgotamento sanitário autorizadas na gestão de Wickert foram prejudiciais. Isso porque muitas das ruas abertas pela Encosan – terceirizada da Corsan – não foram recuperadas a contento e geraram desgaste ao governo. É exatamente o que Sandra quis dizer. Inclusive, tem artigo dela sobre o assunto na página 6 desta edição.
União para atingir metas comuns
César Garcia (PDT) sugeriu, na tribuna da Câmara, que os agentes políticos parem de agir no sentido de prejudicar seus adversários, pois segundo ele, dessa forma, “não conseguimos atingir os objetivos coletivos”. O vereador destacou a importância da união de esforços em torno de metas comuns e diz que “a vaidade e a politicagem não ajudam em nada, só travam o desenvolvimento”. Ele citou os nomes do ex-prefeito Giovane Wickert (PSB), do prefeito Jarbas da Rosa (PDT) e do deputado estadual Airton Artus (PDT), que seguidamente são alvos de críticas na Casa do Povo, pelo fato de ocuparem ou terem ocupado cargos importantes.
Ana e Muchila não se entendem
Vereadora Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT) admitiu, na sessão de segunda-feira, 25, que perdeu “totalmente a paciência” com o colega Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB). De acordo com ela, o socialista “faz teatro, espalha falácias e é cansativo”. Os dois costumam trocar farpas nas reuniões do Legislativo. Vira e mexe, Ana questiona a função gratificada (FG) que Muchila recebe e, em contrapartida, o vereador provoca a colega pelo fato de ela ter incorporado valores referentes a FGs que ganhou ao longo da carreira de servidora pública. “Só não ganha mais que o prefeito porque não pode”, afirmou Muchila na última sessão.
Stahl pode ser o vice de Wickert
Aumentam os comentários de que o vereador Ezequiel Stahl (PTB) pode ser candidato a vice-prefeito, em 2024, em chapa encabeçada pelo ex-prefeito Giovane Wickert (PSB), que atualmente exerce função na Secretaria Estadual de Obras Públicas. Stahl não esconde as suas pretensões de voos mais altos, só que em abril ele terá que escolher um partido para se filiar e, pelos indícios, irá para uma sigla de direita, ou seja, na contramão do PSB, de Wickert. Mas, como todos costumam dizer, a política é como uma nuvem: uma hora está ali, à vista, e depois já não está mais.
Rapidinhas
- Integrante da base governista, o vereador André Puthin (MDB) disse que faz pedidos de providências, oficialmente, à Prefeitura, porque os eleitores querem ter certeza de que suas demandas chegam ao Executivo. Nos bastidores da política, muitos agentes políticos ligados à Administração torcem o nariz para este tipo de atitude, pois entendem que o parlamentar da base pode fazer encaminhamentos sem fazer alarde de que isso ou aquilo não está bom. “Não sou bom de oratória, mas de ‘escutatória’. Faço os pedidos na tribuna porque as pessoas querem ouvir as suas reivindicações ecoar”, afirmou o emedebista. E, para fazer justiça, Puthin não é o único governista que tem este hábito.
- O chefe de gabinete Eduardo Luft é visto cada vez com mais frequência ao lado do prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa (PDT). Ele tem marcado presença em inaugurações de obras, agendas políticas e outros compromissos e eventos, deixando muito claro que vai colocar o seu nome à disposição da comunidade, em 2024, para a Câmara de Vereadores. Luft é da região do Barro Branco, reduto eleitoral de vários outros políticos, entre eles os vereadores Ezequiel Stahl (PTB), César Garcia (PDT), André Kaufmann (PTB), Gilberto dos Santos (MDB, atualmente na Secretria de Desenvolvimento Rural) e Clécio Espíndola, o Galo (PTB). Por lá também devem buscar votos Diego Krämer (Podemos) e Pedro Júnior (PDT), além de uma ou outra surpresa de última hora.
