Ou as autoridades competentes, com apoio da comunidade, se mexem para resolver a situação, ou Venâncio Aires pode ter uma notícia extremamente lamentável nos próximos dias. O que está acontecendo na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) é inaceitável. Não bastasse o fato de os efetivos das forças de segurança no município raramente receberem reforços, agora estamos acompanhando – até o momento passivamente, de certa forma – o que classifico como tentativa de desestruturar completamente o pouco que conquistamos.
Para que o plantão na DPPA funcione minimamente bem, são quatro policiais civis se revezando em escala de 24 por 72 horas. E quatro era o número de agentes até que um deles fosse transferido para Passo do Sobrado. Dessa forma, para que o plantão não deixasse de funcionar de forma imediata, o delegado Vinícius Lourenço de Assunção puxou um policial da DP para dividir as funções com os três que ficaram. Só que já está sendo cogitada a possibilidade de o plantão não operar em fins de semana e, se a coisa não se ajeitar, deixar de existir, com a DPPA sendo fechada.
Não queria nem pensar nisso, mas prefiro ser pessimista ao extremo, me juntar aos preocupados e ter um alívio posteriormente, do que uma frustração gigante por achar que estamos diante de um problema que vai se resolver facilmente. No momento em que a DPPA não estiver funcionando, as guarnições da Brigada Militar terão que se deslocar até Santa Cruz do Sul para registro de ocorrências. E o que isso quer dizer? Que enquanto os policiais daqui estiverem lá, aqui estaremos sem PMs nas ruas, fazendo o policiamento ostensivo. A BM já tem efetivo longe do ideal na Capital Nacional do Chimarrão e faz ‘das tripas coração’ para garantir a prestação de um serviço de qualidade. Não tem como sofrer mais este duro golpe e, mais do que isso, ficar exposta a críticas da comunidade.
O prefeito Jarbas da Rosa e o deputado estadual Airton Artus já estão atentos à pauta. Disseram isso ontem, nos microfones da Rádio Terra FM 105.1. Demais autoridades, entidades e todos os que têm compromisso com Venâncio Aires devem fazer parte da mobilização para que o problema seja contornado. A hora de reivindicar é agora. Depois que a DPPA estiver fechada ou funcionando de vez em quando, não adianta mais. Uma coisa é o povo de Venâncio Aires ser reconhecido pela tranquilidade, hospitalidade e receptividade, outra é assistir a este episódio sem tomar providências. Precisamos buscar uma solução, e logo.
Pedidos de vista adiam votações
Não foi desta vez que a Câmara de Vereadores de Venâncio Aires votou os projetos que fixam os subsídios de prefeito, vice, secretários e vereadores. As propostas estavam na Ordem do Dia e tudo indicava que seriam apreciadas na sessão de ontem à noite, mas a governista Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT) pediu vista de ambas e adiou as votação por, pelo menos, mais uma semana. Em princípio, na próxima segunda-feira, 25, os parlamentares terão que se posicionar a respeito do assunto. “Só uma questão de ajuste”, comentou Ana à coluna, sem entrar em detalhes.
As propostas preveem 4,5% de incremento ao ano, de 2025 a 2028, além das reposições das perdas inflacionárias dos períodos. Os vereadores, que recebem atualmente R$ 7.977,04, ganhariam R$ 8.336,01, a partir do próximo ano. O subsídio do prefeito, hoje em R$ 25.538,80, passaria para R$ 26.688,04. O salário de vice iria de R$ 14.360,07 para R$ 15.006,27 e os secretários, que ganham R$ 11.374,26, passariam a receber R$ 11.886,10 no ano que vem. Agora temos que esperar para saber que ajuste é este antes de os projetos retornarem para a pauta.
Rapidinhas
Clécio Espíndola, o Galo, filiou-se ao MDB na noite de ontem. O ato foi realizado em Vila Mariante, para onde o vereador de deslocou após o período da Ordem do Dia da sessão da Câmara desta segunda-feira, 18. Hoje é a vez de outro vereador eleito pelo PTB trocar de partido: Diego Wolschick vai oficializar seu ingresso no Progressistas, durante reunião da sigla.
Fui a Candelária, no fim de semana, na propriedade de um amigo que fica localizada perto das divisas com Rio Pardo e Cachoeira do Sul. Como já havia constatado em outras oportunidades, a RSC-287 deixa a desejar no trecho de Venâncio Aires até lá. Bem ao contrário do que se vê quando a viagem é em direção a Vila Mariante. Só para lembrar que, até onde fui, dá R$ 17,20 de pedágio para ter que ficar desviando de buracos na pista.