Chegou a hora de parar. É lógico que nem todo mundo vai poder abandonar as atividades de vez. Nós, jornalistas, por exemplo, fazemos parte de um grupo que terá de aguentar um pouco mais. Iremos até perto do limite, porque alguém precisar manter a sociedade informada sobre os riscos e avanço do coronavírus. Mas, quem tiver a oportunidade de se reservar, não deixe para amanhã. Ontem, a imprensa internacional destacou o fato de que a Itália superou a China (berço do Covid-19) em número de mortos. E o que se ouve e lê, é que os italianos não deram a importância devida à disseminação da doença. Não me cabe julgar nações, governos ou pessoas, mas o exemplo deve ser levado em consideração. O vírus vai chegar com força, não resta dúvida, mas é possível enfrentá-lo sem chorar tantas mortes, como acompanhamos em outros países. Ninguém poderá alegar falta de orientação. A situação é séria, portanto, se você pode, fique em casa, junto de sua família. Principalmente que está nos grupos de risco.
DUAS CRISES
Quando a crise de saúde passar, será a vez de enfrentar a crise financeira. Os prejuízos econômicos são inevitáveis, pois estabelecimentos serão fechados, tanto por necessidade de prevenção, quanto por insuficiência de insumos. Empregados e empregadores terão de entrar em consenso para que todos tenham oportunidade de se resguardar. Aliás, as informações que chegam, a nível de município, é de que os empresários são extremamente sensíveis ao momento. Isso é digno de registro, pois dependendo do que vier – há projeção, mas não certeza do que iremos enfrentar -, há sérios riscos de fechamento de empresas. A retomada será difícil para todos, mas se todos continuarem aqui, estaremos mais fortes para a jornada. Mensagem que rola nas redes sociais me parece a mais adequada: Dentro de três semanas, é melhor nos sentirmos ridículos por ter exagerado, do que nos sentirmos estúpidos por não ter agido. É por aí.
HOSPITAL DE CAMPANHA
Em Cachoeira do Sul, minha cidade natal, um hospital de campanha será montado no entorno da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O município conta com o 13º Grupo de Artilharia de Campanha (13º GAC) e o 3º Batalhão de Engenharia de Combate (3º BECmb), unidades das Forças Armadas que estarão engajadas às ações de prevenção e tratamento ao coronavírus. Por lá, são sete casos suspeitos da doença. Outros quatro já foram descartados após exames.