Estou quase completando 10 anos de Venâncio Aires – na verdade, se considerar os seis meses da primeira estada aqui, a década já está completa – e, durante todo este tempo, tive contato com a editoria de política. Já perdi as contas de quantas foram as vezes que a implementação da Guarda Municipal foi pauta, principalmente, durante as sessões da Câmara de Vereadores. E, na reunião de segunda-feira, 2, o assunto voltou a ser lembrado, desta vez por Jeferson Schwingel, o GP (PP).
O parlamentar, que tem vasta experiência na cobertura policial, foi à tribuna e argumentou que é preciso analisar a viabilidade da criação do setor, uma vez que o Estado não consegue atender as demandas da área da segurança pública e o Município, cada vez mais, acaba ficando com esta responsabilidade. GP também falou a respeito da Guarda no programa Terra em Uma Hora, da Rádio Terra FM, na terça-feira, 3. Ele disse que sabe que a implementação não é fácil, mas defendeu que as lideranças da sociedade interajam e criem as condições necessárias para isso. “O visual inibe as ocorrências”, analisou, ao citar a sensação de segurança que guardas municipais poderiam garantir à população. Debate reaberto.
Agricultura: orçamento reduzido
Como geralmente faz, o vereador Gilberto dos Santos (MDB) ocupou o seu tempo de comunicação, na sessão de segunda-feira, 2, para pedir mais atenção à área da agricultura. De acordo com ele, os produtores rurais estão passando por extremas dificuldades e não há sinalização, em especial do Governo Federal, no sentido de criar condições para que continuem com as suas atividades. Além disso, o parlamentar, que já foi secretário de Desenvolvimento Rural – isso no primeiro mandato de Jarbas da Rosa (PDT) e Izaura Landim (MDB) -, lamentou o fato de a pasta contar com cerca de 2% ao orçamento municipal, apenas.
Ele solicitou aos colegas que destinem emendas impositivas e possibilitem investimentos e socorro aos produtores. Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos) concordou e disse ainda que “é preciso repensar” o percentual destinado à secretaria. Diego Wolchick (PP), integrante da oposição, aproveitou para ‘tirar uma casquinha’. “Até o Gabinete do Prefeito tem orçamento maior do que a Secretaria de Desenvolvimento Rural”, declarou.
Rapidinhas
Sandra Silberschlag (PP) está propondo que, para cada criança nascida no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), uma árvore seja plantada em Venâncio Aires. Ela lembrou que o pai, ex-presidente da Câmara de Vereadores, Asuir Silberschlag, ao lado de integrantes do Rotary Venâncio Aires, participou de ação semelhante há alguns anos, quando foram distribuídas 1,6 mil mudas de ipês. “A ideia é que a Prefeitura coloque esta iniciativa em prática, para que tenhamos uma cidade mais verde”, justificou.
Gerson Ruppentahl (PDT) afirmou que as ações de desassoreamento de sangas e do Arroio Castelhano, na parte baixa da cidade, contribuíram para que a região não registrasse alagamentos nos últimos episódios de chuva intensa. Conforme o parlamentar, o trabalho “abriu caminhos para a água, que teve mais fluxo e maior vazão”. Ele disse que as atividades devem ter sequência, para que os moradores sejam cada vez menos afetados.
Por falar em Gerson Ruppenthal, o pedetista não poupou a ausência de Ezequiel Stahl (PL) na sessão de segunda-feira, 2. Stahl justificou as faltas em duas sessões, pois está fazendo um curso para o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Só que Ruppenthal entende que ele deveria se licenciar e dar espaço para um suplente. “Fui consultar o jurídico, que me informou que a medida é legal. Mas moral não é, porque não está nas sessões, não deu oportunidade para o suplente e vai receber o salário normalmente”, disparou.
Robson Nunes, o Robinho da Help Solar (PSB), fez a sua estreia na Câmara de Vereadores na segunda-feira, 2. Ao utilizar a tribuna, disse que ninguém se elege sozinho e que os suplentes precisam ter as oportunidades para mostrarem que também estão preparados para a função. Ele ficará no Poder Legislativo até o dia 30 deste mês, na vaga do eleito Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), que pediu licença para tratar de assuntos particulares. Muchila que, na reunião desta semana, foi lembrado nos bastidores, pelo fato de que, com a sua ausência, o encontro não teve nenhum episódio polêmico, o que geralmente ocorre quando ele está presente.