Nos próximos dias, a diretoria do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) começará a tomar conhecimento do valor que será enviado à casa de saúde por meio de emendas parlamentares. Em novembro do ano passado, o presidente e o administrador da instituição, Juliano Angnes e Luis Fernando Siqueira, respectivamente, estiveram em Brasília e, acompanhados do prefeito, Jarbas da Rosa, e do secretário de Saúde, Tiago Quintana, peregrinaram por gabinetes de deputados federais e senadores, onde deixaram pedidos de recursos que, no total, somaram R$ 8 milhões. Aquele era o momento certo de ‘plantar’.

Agora, é época de iniciar a ‘colheita’, pois os políticos já definiram quem será contemplado e resta a oficialização destes repasses. Por isso, os representantes do hospital viajaram mais uma vez à capital federal, em meados de fevereiro. Por enquanto, a certeza é de que Heitor Schuch (PSB) reservou R$ 1 milhão para o HSSM, que também vai receber R$ 1,25 milhão do Ministério da Saúde, montante confirmado por meio de portaria publicada no dia 7 de fevereiro. A partir de projeto de lei de autoria do senador Luiz Carlos Heinze (Progressistas), a União beneficiará hospitais filantrópicos e casas de saúde de todo país.

A expectativa é de que outras várias emendas sejam confirmadas, o que daria um fôlego na busca de recuperação financeira. Como já é de conhecimento geral, o déficit mensal do HSSM está na casa de R$ 1 milhão. Já a dívida gira em torno de R$ 16 milhões e, de acordo com o presidente, apesar de todas as dificuldades, vem sendo amortizada aos poucos, de forma a garantir que a instituição siga “administrável”. A meta da diretoria é buscar novas fontes de receita e evitar as operações de crédito junto às instituições financeiras, para que o hospital não sofra ainda mais com os elevados e intermináveis juros das transações bancárias.

O HSSM tem convivido com atrasos no pagamento de médicos, mas vem mantendo os salários dos funcionários em dia. Alguns períodos de férias são quitados além do prazo e a grande preocupação, todos os anos, tem sido o 13º. Paralelo a tudo isso, a diretoria sonha com o dia em que, talvez, caiam na conta os R$ 13 milhões referentes à defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) de serviços prestados nos últimos cinco anos. Há uma ação judicial que, em princípio, está ganha, mas as possibilidades de recursos devem manter este dinheiro longe do caixa da casa de saúde por um bom tempo. É como diz o presidente Juliano Angnes: “Não tem milagre. O jeito é trabalhar dia após dia”. Por sinal, vem eleição por aí. O processo será realizado no mês de maio e Angnes já tem um nome de preferência, entretanto não revela.

Rapidinhas

• Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB), diz que vai apresentar, nas próximas semanas, um relatório relacionado aos Planos de Prevenção Contra Incêndio (PPCIs) das escolas de Venâncio Aires. Ele afirma que está levantando as informações e deve fazer manifestação a respeito do assunto nas próximas sessões da Câmara de Vereadores.

• Claudete Cittolin (PSD) teve agenda com o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) recentemente. Na oportunidade, entregou ao chefe do Executivo demandas relacionadas a Vila Deodoro. Pediu, em especial, atenção ao local onde fica a ‘Santinha’. Além disso, sugeriu que a Administração viabilize creches no interior, para garantir a permanência das famílias nas áreas rurais e, também, que os pais tenham este suporte para poderem trabalhar.

• Não passa uma sessão da Câmara sem que algum vereador traga como pauta a preocupação dos motoboys, que têm se queixado do rigor da fiscalização em Venâncio Aires. Eles também reclamam que os bons estão pagando pelos maus, e dizem que a maioria dos profissionais é do bem. A categoria está incomodada com os comentários de irresponsabilidade e imprudência no dia a dia. Os parlamentares sugerem a união da categoria e criação de uma associação que possa defender os interesses de quem anda sobre duas rodas.

• Ezequiel Stahl (Mais Brasil) pede atenção com a iluminação pública. De acordo com ele, embora a Administração esteja instalando luminárias de LED, há muitos locais com problemas no serviço. “Tem que dar um jeito, porque dinheiro tem pra isso”, declarou.