A enchente do rio Taquari, que atingiu em cheio a comunidade de Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires, foi o principal assunto da sessão da Câmara de Vereadores, na segunda-feira, 11. Todos os parlamentares fizeram comentários sobre o episódio, seja para enaltecer a atuação da Administração ou todos os voluntários que se disponibilizaram a ajudar na retirada de famílias, no atendimento no ginásio em Linha Mangueirão, na limpeza de vias e casas e no início da reconstrução.
Luciana Scheibler (PDT) e Clécio Espíndola, o Galo (PTB), foram os que mais se emocionaram no momento de compartilhar relatos. Os dois não conseguiram segurar as lágrimas na tribuna da Casa do Povo. Galo, aliás, afirmou que, não fosse a chegada dos helicópteros para resgates na região, Venâncio Aires não teria passado pela enchente sem registro de mortes. O vereador pediu que Vila Mariante não seja esquecida, em especial porque todos os moradores perderam alguma coisa. “Tem gente que perdeu 50 vacas, mas também tem quem perdeu uma. Nos dois casos, é 100% de prejuízo, porque uns têm mais e, outros, menos”, comentou ele.
Protesto na 287 está confirmado
Notícias Relacionadas
Ontem, durante participação no programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Rádio Terra FM 105.1, o vereador Ezequiel Stahl (PTB) confirmou que haverá um protesto na RSC-287, na região de Picada Nova, para cobrar a construção de pontes secas na rodovia. Segundo o parlamentar, a enchente do rio Taquari comprovou, mais uma vez, que a RSC-287 serve como uma ‘taipa’ e represa a água só em um dos lados, no caso, à esquerda de quem circula no sentido Venâncio Aires – Bom Retiro do Sul. Stahl é entusiasta da pauta e tem convicção de que o momento do debate é agora, para que a concessionária Rota de Santa Maria e o Governo do Estado assegurem que vão atender o pedido na hora da duplicação.
Planejamento de contra-ataque
Soube de fonte segura que a base governista na Câmara estava só esperando alguma crítica do vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), acerca da atuação da Prefeitura em relação à enchente do rio Taquari, para contra-atacar em bloco. Quando utilizou a tribuna, na sessão de segunda-feira, 11, o socialista não apontou erros do Executivo, optando por um discurso de que o episódio deve servir de lição para que outros não sejam registrados. Muchila destacou, em especial, o fato de muitas pessoas não terem deixado suas casas, apesar dos inúmeros alertas de que a cheia seria uma das maiores já registradas na história.
O principal argumento da situação seria de que, enquanto a comunidade de Vila Mariante, no segundo distrito, estava passando por apuros, Muchila estava em Vila Deodoro, no terceiro distrito, com o projeto ‘Chame o Vereador’. “Fiz minha parte silenciosamente”, afirmou o parlamentar, acrescentando que não precisa sair por aí postando fotos e vídeos quando ajuda as pessoas. Muchila argumentou ainda que não é como os “turistas da enchente” ou como alguns políticos que, nas palavras dele, estiveram em Vila Mariante “para fazer votos nas costas dos miseráveis”.
Rapidinhas
• Na tarde de ontem, foi registrado um deslizamento de terra na ERS-130, próximo à Santinha de Nossa Senhora dos Navegantes, em Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires. O trânsito ficou em meia pista e equipes da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e Defesa Civil avaliam a situação.
• O vereador André Puthin (MDB) voltou a solicitar que a Prefeitura de Venâncio Aires e o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) não se esqueçam de fazer constar, no projeto da torre que será construída sobre as capelas velatórias, a previsão de um heliponto. De acordo com o parlamentar, o seu pai, Wilson Puthin (ex-presidente da Câmara, já falecido), ficou 20 anos defendendo a disponibilização da estrutura. A vereadora Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT) disse que há previsão do heliponto no projeto.
• Como já escrevi neste espaço, só aumentam os elogios à atuação do prefeito Jarbas da Rosa (PDT) na enchente do rio Taquari. A comunidade está reconhecendo a presença do chefe do Executivo em Vila Mariante. E ele segue no trecho, agora monitorando a situação do arroio Castelhano.
