Depois do desabafo de Helena da Rosa, publicado neste espaço, na edição de terça-feira, 1º, o presidente do MDB, Paulo Mathias Ferreira, fez contato com a coluna para tecer comentários a respeito das queixas da suplente de vereadora. O dirigente afirmou que “não há bomba nenhuma no partido, apenas as pessoas interpretam mal as coisas”. De acordo com ele, Helena sempre teve apoio e carinho do MDB e, em 2021, assumiu vaga na Câmara por dois meses, a exemplo de Nilson Lehmen, que atualmente está na Secretaria de Meio Ambiente. Pasta que, conforme Ferreira, seria comandada por Helena, que declinou.

O presidente ressaltou que a colega de legenda indicou dois cargos em comissão (CCs), um no Executivo e outro no Legislativo, “e só não assumiu mais na Câmara este ano por desentendimento pessoal entre ela e Puthin”. O emedebista disse que conversou com André Puthin, primeiro suplente e que ‘herdou’ a cadeira do MDB – uma vez que o eleito, Gilberto dos Santos, foi para a Secretaria de Desenvolvimento Rural -, para que desse oportunidade à colega. “Conversamos e ele cedeu 30 dias para um suplente. Como Helena declinou, a suplente Claudete da Luz, com alegria, assumirá a vaga. Não entendo os motivos da vereadora, que sempre foi bem tratada e respeitada pelo partido”, finalizou ele.

Muchila: “Proibido de ir a Brasília”

Vereador Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB), disse na sessão da Câmara de segunda-feira, 31, que foi “proibido de viajar a Brasília”. Ele queria acompanhar a comitiva venâncio-airense que estará na capital federal nos dias 8 e 9, mas teria sido informado que apenas um parlamentar por bancada teria oportunidade e, no caso do PSB, quem vai é Sandra Wagner. Só que, além dela, vão o presidente Benildo Soares (Republicanos), Claidir Kerkhoff Trindade (União Brasil) e quatro vereadores do Mais Brasil: André Kaufmann, Renato Gollmann, Diego Wolschick e Clécio Espíndola, o Galo. Além deles, estarão em Brasília também o prefeito Jarbas da Rosa e o secretário de Saúde, Tiago Quintana, ambos do PDT, e presidente e administrador do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), Juliano Angnes e Luís Fernando Siqueira, respectivamente.

Lulistas perseguidos na Câmara?

Corre nos bastidores da política a informação de que servidores da Câmara de Venâncio Aires estão temendo ser exonerados por terem aberto voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência da República. No Dia do Servidor, 28 de outubro, rolava confraternização no Plenário Vicente Schuck, quando o presidente da Casa, Benildo Soares (Republicanos), teria feito uma ‘pesquisa’ sobre os votos de cada um, pedindo que levantassem as mãos, primeiro, os que votariam em Lula e, depois, os que escolheriam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda durante o momento de integração, ele teria dito – em princípio, em tom de brincadeira – que faria uma lista para demitir os lulistas um dia depois do segundo turno, caso Bolsonaro não vencesse o pleito. Já nesta semana, o assunto teria voltado à pauta e alguns assessores ficaram ainda mais receosos por conta da declaração de Benildo Soares na sessão de segunda-feira, 31, quando afirmou que estará à disposição do Exército Brasileiro e que a eleição ainda não acabou. Embora não tenha havido exonerações até o momento, há muita gente trabalhando sob pressão e com medo. Será o presidente capaz de uma retaliação como essa?

Rapidinhas

• Encontrei o ex-vereador Eduardo Kappel (PL), no domingo, 30, quando ele saía de casa para votar. Há tempo não o via pela Capital do Chimarrão. Disse que está mais por Canoas e que, inclusive, pode optar por concorrer a uma vaga na Câmara de lá. Mas não descarta disputar a eleição em Venâncio Aires.

• Ricardo Landim (União Brasil) foi muito elogiado pelos colegas de Legislativo na segunda-feira, 31, quando participou de sua última sessão como vereador, antes de assumir a Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Social. A postura conciliadora foi ressaltada por todos os parlamentares. Quando utilizou a tribuna, se emocionou ao falar da família e agradeceu pelo aprendizado de quase dois anos. No próximo encontro, quem estará no seu lugar é Claidir Kerkhoff Trindade (União Brasil), ‘dona’ da cadeira.

• Diego Wolschick (Mais Brasil) não quis ocupar seu tempo de pronunciamento na tribuna da Câmara, na sessão de segunda-feira, 31. Afirmou que a decisão estava sendo tomada em protesto pelo resultados das eleições. O vereador havia aberto voto para Jair Bolsonaro (PL).