Clécio Espíndola, o Galo (PTB), sugere que o Município amplie as parcerias com as associações de produtores de Venâncio Aires, no sentido de ceder máquinas e equipamentos em forma de comodato e deixar os grupos responsáveis por determinados serviços. Ele cita os exemplos da Apagroh e Asspartra, que já foram beneficiadas. “Se for possível, talvez seria interessante passar as máquinas para representantes dos distritos”, completa o parlamentar.
Ex-secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, o agora vereador Renato Gollmann (PTB) se diz surpreso com as informações sobre máquinas sucateadas na pasta e o anúncio do governo de que pretende fazer um leilão em breve. “Quando eu saí de lá, no meio de março do ano passado, não tinha mais nenhuma máquina para ir a leilão, porque a gente já tinha feito de todas que não tinham mais condições de uso”, comenta.
Aberto Sausen (PTB), ex-capataz e agora vereador, afirma que há máquinas da Prefeitura paradas há dois meses por falta de manutenção. “Então, não adianta a gente comprar máquinas novas e não manter as que já foram compradas”, observa. Para ele, é preciso rever o orçamento da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, que hoje é de R$ 345 mil por ano. “Tem que pelo menos triplicar esse valor. Uma patrola, por ano, gasta R$ 60 mil em pneu. Se tem 10 patrolas, é só fazer a conta de quanto dá o valor”, exemplifica.
O vereador Benildo Soares (Republicanos) sustenta que as máquinas adquiridas na Administração anterior “são de péssima qualidade”. De acordo com ele, “dão muito gasto, são muito caras e a reposição das peças é muito difícil”. O parlamentar diz que voltará ao assunto em breve, pois está encaminhando um raio-x do parque de máquinas da Sisp. “Vamos ver o que está estragado, por qual motivo está estragado e porque não temos máquinas nem caminhões. Isso já vem do ano passado, antes das eleições, porque eu andei no interior e era um corredor de máquinas pra lá e pra cá. Pra quê eu não sei, mas nós vamos descobrir”, ressalta.
Pauta da negociação salarial sepultada
No final das contas, parece que o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) conseguiu sair ileso das negociações salariais com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Venâncio Aires. Mesmo que não tenha concedido qualquer reposição, sob as justificativas de estar legalmente impedido e de não haver previsão orçamentária, Jarbas não foi atacado de forma mais veemente, como se ouvia dizer que aconteceria. O presidente da entidade, João Batista Gomes, informou que não haverá ação judicial. Provavelmente, ambos entenderam que é melhor não brigar agora e esperar por um ano de 2022 menos desafiador.
Rapidinhas
• O vereador Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB), ainda é o primeiro secretário do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Venâncio Aires. Na coluna da edição de quinta-feira, 15, informei aqui, equivocadamente, que ele seria ex-integrante da diretoria. “Continuo no sindicato. Minha bandeira é e sempre será a defesa do servidor e de um serviço público de qualidade”, destacou Muchila, em contato feito com a coluna. Feita a correção.
• O presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva), Vilmar de Oliveira, mantém para setembro a previsão da inauguração da nova sede da entidade. Na terça-feira, 13, ele e a gerente executiva da Caciva, Lisete Stertz, participaram do programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Rádio Terra FM 105.1 e, entre outros assuntos, comentaram sobre o andamento das obras. A nova sede fica na esquina das ruas Antônio Carlos e Júlio de Castilhos. O prédio que atualmente abriga a entidade, na rua Osvaldo Aranha, está sendo negociado.
• Oficialmente, o cargo que o ex-prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert (PSB), ocupa na Secretaria de Obras e Habitação do Estado, é o de diretor-geral. O próprio Wickert se apresenta como secretário adjunto, mas nos bastidores da política há ‘corneta’ de que é uma tentativa de autopromoção.
• E o que eu mais temia aconteceu: o Grêmio está fora da Libertadores. Foi eliminado pelo Independiente del Valle, do Equador, na Arena, em Porto Alegre, com nova derrota de 2 a 1, na quarta-feira, 14. Na quinta-feira, 15, o Renato Portaluppi deixou o comando técnico. Na boa, estava na hora. Foi bom – na maior parte do tempo – enquanto durou. Sabe-se lá o que será do Tricolor em 2021.