A coluna confirmou que tramita em segredo de justiça processo que pode alterar resultados da eleição de 2024. Três partidos acionaram o Judiciário com a tese de candidatura fictícia em Venâncio Aires e acreditam que podem tornar políticos inelegíveis e até mudar a composição da Câmara de Vereadores. As informações ainda têm caráter sigiloso, mas nos bastidores da política comenta-se muito sobre o assunto. Na sessão de segunda-feira, 6, Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos) e Ezequiel Stahl (PL) comentaram, de forma velada, a respeito.

A vereadora deu a entender que a suposta “candidatura laranja” seria de uma mulher, mas não citou nomes nem siglas. “Acontecem as falcatruas, acontecem as laranjas, como se denomina, e eu fico com muita vergonha, porque eu sou mulher”, declarou. Claidir afirmou ainda que “já é difícil para ser vereadora, e ainda tem mulheres que se prestam para isso, só pra preencher uma nominata de um partido” e fechou dizendo que “a lei deveria ser mais severa. Apresentou laranja, nunca mais concorre”.

Na sequência, quando ocupou a tribuna, Stahl retomou o assunto e disse que concordava com Claidir e que acredita que o Ministério Público Eleitoral deveria agir mais. “Deveriam fazer como o Carlos Augusto Fiorioli [promotor de Justiça], de Lajeado, que ia nas jantas dos vereadores, que tem bastante aqui no município. Aqui a gente tem uma juíza eleitoral que suspendeu entrega de rancho e produtos de limpeza. Era brita pra todo lado. Era máquina correndo pra cima e pra baixo. Máquina pública trabalhando em benefício de alguns. Sim, a Justiça Eleitoral deveria ser muito mais enérgica. Com toda certeza, dos 150 ou 170 candidatos que a gente tem a cada quatro anos concorrendo ao Legislativo Municipal, no mínimo uns 30 ou 40 iam parar na cadeia, pra mim poder cuidar deles lá, como eu faço muito bem”, argumentou o parlamentar do PL, que também exerce a função de policial penal.

Rapidinhas

Ex-presidente da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, Asuir Silberschlag acompanhou toda a sessão ordinária de segunda-feira, 6, a primeira da atual legislatura. Foi prestigiar a filha, vereadora Sandra Silberschlag (PP), que está no seu primeiro mandato. Junto com Asuir, no Plenário Vicente Schuck, estava o neto Théo, filho de Sandra. Ao se manifestar na tribuna, a parlamentar citou os familiares e, como tema principal do seu pronunciamento, focou no Parcão, do bairro Aviação. Pediu atenção do Executivo para espaço que, segundo ela, carece de infraestrutura.

Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos) e Jeferson Schwingel, o GP (PP), tiveram um atrito recentemente. A divergência se deu no momento da definição dos gabinetes dos vereadores, no segundo andar. Conforme apurou a coluna, Claidir quis fazer valer a ‘hierarquia’ na escolha dos espaços, já que era presidente da Mesa Diretora e vereadora reeleita, para o segundo mandato. GP não gostou da ideia e sustentou que todos os parlamentares, independente de número de mandatos ou cargos pelos quais respondem, devem ter os mesmos direitos no Legislativo. No fim das contas, os gabinetes foram definidos por sorteio.

Matéria que está sendo publicada na página 7 desta edição traz as informações relacionadas aos ataques do vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), a vários colegas na sessão da Câmara de segunda-feira, 6. O prefeito Jarbas da Rosa (PDT) foi o único dos citados pelo parlamentar que preferiu não se utilizar do espaço para contraponto.