Pegou todos de surpresa, nesta sexta-feira, 25, o anúncio da saída do sargento da reserva ativa da Brigada Militar, Jair Garcia, da Secretaria de Segurança Pública. Ele conversou com o prefeito Jarbas da Rosa (PDT), disse que as motivações eram pessoais e pediu exoneração. Também revelou ter recebido um convite para ocupar função no Governo do Estado a partir de 2023, mas ainda não tem a decisão tomada a respeito disso. Em princípio, a saída teria sido tranquila, mas há quem acredite que Garcia não estava contente por ter sido contrariado em algumas situações. A implementação da Guarda Municipal seria um exemplo, já que foi voto vencido há muito pouco tempo.

Outra situação que aponta para um possível descontentamento foi o episódio ocorrido durante uma reunião do secretariado, em setembro, quando o sargento chegou a colocar o cargo à disposição. Mais tarde, foi convencido pelo prefeito Jarbas da Rosa a permanecer. Por último, a mais recente especulação: César Garcia (PDT), vereador e filho do ex-secretário, estaria ventilando a possibilidade de se eleger presidente da Câmara com o apoio da oposição, que não quer ver o também pedetista Gerson Ruppenthal no comando da Mesa Diretora do Poder Legislativo a partir de 2023.

Conversei com pai e filho, e ambos não me pareceram 100% seguros quando perguntei sobre a relação deles com o prefeito Jarbas da Rosa e outros integrantes do Executivo. Disseram que está tudo bem e que muita coisa que rola nos bastidores da política não passa de fofoca, mas Jair Garcia, ao fazer uma projeção do que pode acontecer em um futuro breve, lascou uma frase que, provavelmente, vai atiçar a curiosidade de quem orbita na política: “Quem sabe, novos rumores a nível de município. A gente nunca sabe, porque não se tem bola de cristal”. A meu ver, não será surpresa se pai e filho fizerem algum anúncio de troca de partido ou rompimento com o governo. No caso de César, a mudança só poderia ocorrer em abril de 2024, a seis meses da eleição. Antes disso, perde o mandato.

Clube quer revitalizar a fachada

Presidente do Clube de Leituras, Telmo Kist esteve no programa Terra em Uma Hora, da Terra FM, na quarta-feira, 23. Entre tantas informações, disse que está em busca de recursos para revitalizar a fachada da rua Júlio de Castilhos. O custo é estimado em R$ 20 mil. Na minha opinião, uma emenda impositiva caberia bem, já que o Clube se reinventou e tem atraído muita gente. Ainda dá tempo de algum vereador se habilitar.

Artus com um pé na Assembleia

São cada vez mais visíveis os sinais de que Venâncio Aires vai ter um deputado estadual a partir de 2023. E a bola na vez é Airton Artus (PDT), ex-prefeito que está participando do processo de transição no Governo do Estado. Ele é o primeiro suplente da sigla na Assembleia Legislativa e deve assumir uma cadeira a partir da nomeação de um dos quatro eleitos do partido para um cargo de primeiro escalão. Gerson Burmann e Gilmar Sossella já tiveram experiências como secretários de Estado, Eduardo Loureiro e Luiz Marenco ainda não. Certo é que o partido e os colegas querem ver Artus no Palácio Piratini. E, na quinta-feira, 24, no lançamento da revista Perfil Socioeconômico, Edson Brum (MDB), que está no Tribunal de Contas e já foi deputado estadual e secretário de Estado, afirmou que Venâncio Aires vai ganhar um presente de Natal, uma clara referência à possibilidade do pedetista ser deputado em 2023.

Rapidinhas

• Resposta do prefeito Jarbas da Rosa (PDT) para as críticas sobre a aquisção de duas motocicletas Honda CB 500 cilindradas: “Existe alguma irregularidade? Não. A justificativa está no projeto”. A oposição segue ‘batendo’.

• A orientadora educacional e professora de anos iniciais, Luce Carmem da Rosa Mayer, não integra mais a equipe do Gabinete da Primeira-Dama. Ela comunicou Janete da Rosa e o prefeito Jarbas da Rosa e vai voltar a trabalhar em escola. Teria saído descontente com algumas situações enfrentadas, principalmente, envolvendo cargos em comissão (CCs).

• Pelo andar da carruagem, o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) não terá um fim de ano dos mais tranquilos. Há ‘focos de incêndio’ brotando, na Prefeitura e na Câmara de Vereadores, que vão demandar combate e rescaldo minucioso. E, mesmo assim, talvez não seja possível apagar completamente.