Não será em 2022 – e provavelmente também não nos próximos anos – que Venâncio Aires terá uma Guarda Municipal. A realidade foi escancarada na audiência pública sobre o assunto, realizada na quarta-feira, 24, à noite, na Câmara de Vereadores. Propositores do debate, Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB), e Ezequiel Stahl (PTB), se manifestaram contrariamente e em dúvida, respectivamente. Mas não é por conta do que eles pensam que a Guarda não vai se concretizar.

Quem colocou ‘os pingos nos is’ foi a secretária da Fazenda, Fabiana Keller, que se pronunciou durante a reunião e foi enfática no sentido de que o Município não tem recursos disponíveis para tal iniciativa. Mais do que isso, ela destacou que não há previsão para implementação do setor no orçamento deste ano, o que por si só já inviabiliza qualquer possibilidade. E, ao que parece, o Executivo também não vai destinar valores para a Guarda no orçamento de 2023, que certamente já está em processo de elaboração.

Ao falar sobre o assunto, o prefeito Jarbas da Rosa não descartou a implementação da Guarda, no entanto deixou claro que o Municípios tem outras prioridades no momento. Os secretários de Segurança Pública de Venâncio Aires e de Santa Cruz do Sul, Jair Garcia e Valmir José dos Reis, respectivamente, defenderam a iniciativa, a exemplo do presidente do Legislativo, Benildo Soares, e do presidente do Sindicato dos Guardas Municipais do Rio Grande do Sul (Sindiguardas), Robson Camargo Lima e Silva.

Fato é que o assunto deve esfriar. Isso porque, apesar da vontade de Jair Garcia de implementar a Guarda, Jarbas da Rosa está claramente administrando a situação, uma vez que sabe que não há dinheiro disponível. E a manifestação de Fabiana Keller veio com ares de pá de cal no setor. Foi importante o tema vir à tona – embora o prefeito tenha dito que a audiência pública era “fora de contexto e atemporal” -, mas agora é preciso superar o assunto e pensar em outras alternativas para aumentar a segurança.

Plano de Obras da Saúde avança

O secretário de Saúde, Tiago Quintana, não vê a hora de a primeira etapa do Plano de Obras da Saúde ser concluída. Ele quer ver as unidades municipais no nível do posto de Vila Arlindo, que tem 305 metros quadrados de área física construída e depende apenas de acabamentos para ter a reforma geral encerrada. A estrutura está ‘novinha’, com pintura realçada, o que certamente agrada os moradores da localidade.

A intenção é elevar ao mesmo patamar as unidades de Vila Teresinha e Linha Travessa, que precisam de intervenções mais significativas e têm trabalhos em andamento. Ambas passam pela fase de concretagem do alicerce, para que na sequência os tijolos possam ‘subir’. A unidade de Linha Travessa está fechada até a conclusão, e isso pode acontecer também com o posto de Vila Teresinha. Se a informação se confirmar, a Secretaria de Saúde vai remanejar os atendimentos.

Rapidinhas

• Tarifa de pedágio passa de R$ 3,70 para R$ 4,10 nas praças de Venâncio Aires e Candelária, na RSC-287, a partir de quarta-feira, 31. A concessionário pleiteava R$ 4,20, mas ficou com os 40 centavos, apenas. Reajuste de pedágio é sempre negativo para os usuários, no entanto as condições da rodovia estão cada vez melhores. Aí até que dá para relevar. Ruim mesmo era quando a estrada apresentava péssimas condições e a tarifa estava em R$ 7,00.

• Aumentam nos bastidores da Câmara de Vereadores as críticas à forma como Benildo Soares (Republicanos) conduz os trabalhos na Casa do Povo. Parlamentares e assessores ‘corneteiam’ o comandante da Mesa Diretora, principalmente, por anunciar decisões na reunião preparatória – aquela das 18h às 19h, no Plenarinho João Jorge Hinterholz – e não mantê-las no Plenário Vicente Schuck. A última tem relação com a discussão de moções. Soares definiu que não haveria mais debate, mas liberou manifestações mais tarde.

• Assespe e Estudiantes, pela manhã, em Linha Grão-Pará, e Palanque e Fluminense, à tarde, em Vila Palanque. O domingo, 28, será de excelentes jogos envolvendo as equipes de Venâncio Aires no Regional da Aslivata, e ambos na Capital do Chimarrão. Vale muito a pena conferir. As comunidades do interior precisam de apoio para manterem suas atividades.