Por muito pouco, os vereadores Eduardo Kappel (sem partido, mas que hoje deve assinar ficha com o PL) e Ciro Fernandes (PSC) não saíram no soco antes da sessão desta segunda-feira, 16, realizada no Palco Super Lenz, no Parque Municipal do Chimarrão, alusiva à Semana Farroupilha. Durante a chamada ‘reunião das 18h’, que antecede o encontro ordinário semanal, os parlamentares escolhiam as escolas para o Projeto Vereador Mirim e os dois se desentenderam. Queriam a mesma instituição e Fernandes disse que deixaria de participar se não ficasse com a sua primeira opção. Foi então que Kappel subiu o tom e chamou o colega para a rua. O vereador do PSC firmou pé e afirmou que os dois poderiam resolver a situação ali mesmo. Mas os ânimos foram acalmados. Nos bastidores, ao mesmo tempo que lamentavam o episódio, parlamentares diziam que, pelo menos, pela primeira vez, alguém decidiu peitar Kappel.
DADOS DA SEGURANÇA
Não se surpreendam se as notícias sobre a segurança pública virarem raridade nos mais diversos veículos de comunicação do Rio Grande do Sul. Com a justificativa de garantir que informações pessoais e sigilosas sejam resguardadas, a Secretaria da Segurança Pública, que tem à frente o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, publicou portaria que determina sigilo dos documentos referentes à pasta. Ainda não está muito claro o que o Estado pretende com tal medida, mas entre os agentes da Segurança Pública já existe preocupação sobre o que se pode ou não dar publicidade a partir de agora. Até a consulta às ocorrências policiais – coisa básica do dia a dia da editoria – pode ser restrita. Os jornalistas, por óbvio, terão de cumprir o que for determinado pelas autoridades, mas esperamos que não seja uma censura por completo. Tudo o que se tenta esconder é pior, porque um dia a conta – nesse caso, a verdade à tona – chega. Impedir que as comunidades tenham acesso à informação é uma das piores decisões que se pode tomar.
NOITE DE DECISÃO
Inter joga hoje à noite, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, a segunda partida da final da Copa do Brasil, diante do Athletico Paranaense. Precisa reverter a vantagem do Furacão, que venceu por 1 a 0 na ida, na Arena da Baixada, em Curitiba, para conquistar um título nacional depois de 27 anos. O último grito de campeão do Brasil foi em 1992, justamente uma Copa do Brasil, diante do Fluminense. Um Mundial de Clubes, em 2006, duas Libertadores da América, em 2006 e 2010, uma Copa Sul-Americana, em 2008, duas Recopas, em 2007 e 2011, e uma Suruga Bank, em 2009, além de Campeonatos Estaduais, vieram neste espaço de tempo, mas os títulos nacionais não são conquistados há quase três décadas. Ao contrário do que pensam muitos colorados, acredito que não será tarefa fácil. O Inter tem melhor time e todas as condições de fazer o resultado, mas precisará de muita concentração para não deixar a chance escapar.