A chapa esquentou e pode ferver nas próximas sessões da Câmara de Vereadores. Isso porque o presidente da Mesa Diretora, Dudu Luft (PDT), decidiu ‘comprar a briga’ relacionada à CPI dos Colchões, que foi arquivada, mas é lembrada o tempo inteiro pela oposição. Ao fazer contraponto aos colegas Ezequiel Stahl (PL) e Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), lembrou que Stahl, quando integrante da Comissão de Ética do Poder Legislativo, não levou adiante expediente contra o ex-vereador Eduardo Kappel, envolvido em polêmica de suposto esquema de venda de sentenças que ganhou enorme repercussão.
No que se refere a Muchila, Luft declarou que o parlamentar carrega “mágoas da eleição”, além de “receber FG [função gratificada] sem trabalhar”. O presidente afirmou ainda que o socialista não conta com aprovação dos associados ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Venâncio Aires para o cargo que ocupa — diretor de patrimônio —, o que, de acordo com ele, “ficará explícito na próxima eleição da entidade”. “É muito difícil ser vereador de oposição em Venâncio Aires, pois temos uma série de obras sendo realizadas e um prefeito que é tão ruim que foi reeleito com sobras”, ironizou o comandante da Casa.
Arroio Grande: a ponte e o áudio
Na sessão da Câmara de de segunda-feira, 5, Ezequiel Stahl (PL) e Diego Wolschick (PP), ambos integrantes da oposição, cobraram do Executivo agilidade no que se refere à ponte de Linha Arroio Grande, no interior do município. A demora relacionada ao serviço é frequentemente citada no Legislativo, e os parlamentares integrantes da base governista — em especial, Gerson Ruppenthal (PDT) — sempre comentam que a obra vai sair do papel, mas precisa seguir os trâmites, como todas as outras.
Só que, nessa semana, além de reivindicarem outra vez celeridade para a demanda, Wolschick e Stahl comentaram a respeito de um áudio, que partiu de Ruppenthal e soou como deboche no que se refere ao assunto. Na manifestação, o vereador do PDT afirma que foi conferir a apuração da mesa de Arroio Grande e notou que Maciel Marasca (PP), candidato derrotado na eleição do ano passado, fez mais votos que Jarbas da Rosa (PDT), vencedor do pleito e correligionário de Gerson Ruppenthal.
“Se precisa tanto da ponte e deu Marasca, como é que vai construir essa ponte?”, indagou o parlamentar na mensagem que circula em grupos de WhatsApp. É assunto que, sem sombra de dúvida, vai dar muito o que falar. A tecnologia é uma maravilha, mas não dá para ‘deixar os dedos’ ou ‘dar armas para os inimigos’. Ruppenthal não falou a respeito do assunto.
Hilário, o entusiasta de Venâncio
Recebo mensagem do amigo e leitor Hilário Breunig, empresário morador do bairro São Francisco Xavier. Embora tenha histórico partidário, algo que não esconde, Breunig é o que chamamos de ‘entusiasta de Venâncio Aires’. E, desta vez, o contato foi para dizer que incomoda o fato de algumas pessoas — entre políticos, líderes comunitários e outros representantes da sociedade — forçarem a barra no sentido de falar mal da cidade e da Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), por exemplo.
De acordo com Breunig, embora Venâncio Aires tenha muito a se desenvolver, de nada adianta “os seus próprios filhos” venderem a imagem de que nada vai bem por aqui. Especificamente sobre a Fenachim, ele entende que a discussão relacionada ao resultado financeiro é desnecessária, pois o que mais importa é a projeção que o evento oferece à Capital Nacional do Chimarrão. “Fenachim não é Festa de São Sebastião Mártir ou evento de comunidade, que precise dar lucro. É algo muito maior, que leva o nome de Venâncio Aires para a região, o estado, o país e, quem sabe, para fora do Brasil. Temos que valorizar isso”, comentou.
Rapidinhas
“Não sou ladrão, não sou corrupto.” A manifestação de Dudu Luft (PDT) foi uma resposta a Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), que fez comentário sobre escândalo de fraude e desvio de dinheiro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), citando o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), que pediu demissão após a repercussão do episódio. Opositor que é, Muchila tenta desgastar os pedetistas daqui, que estão na Prefeitura, com Jarbas da Rosa, mas é preciso dizer que, há muito tempo, as bases do PDT manifestam contrariedade a Lupi, presidente nacional licenciado.