Depois de um período de 15 dias de descanso, retomei ontem as atividades e, infelizmente, logo pela manhã recebi a má notícia de que a unidade da Dass em Venâncio Aires estava encerrando a operação no município. Foi especialmente triste, no meu caso, porque em 2019 tive a oportunidade de visitar a empresa e assinar matéria que tratava da ampliação da planta no Distrito Industrial. Na ocasião, a Dass buscava a contratação de 183 trabalhadores para ‘dobrar de tamanho’.

A empresa elencou como fatores determinantes para a decisão a “competitividade de custo, questões de conflito tributário entre os estados, índice de absenteísmo elevado e a redução da programação de pedidos pelos clientes”. No comunicado que distribuiu à comunidade (veja na página 5) para informar sobre o desligamento de 342 colaboradores e fechamento da unidade, a Dass fez constar que a medida é “consequência também da desaceleração de consumo que o país vive”.

A partir deste episódio, resta a busca por recolocação destas pessoas no mercado de trabalho. Ontem mesmo, o prefeito Jarbas da Rosa e o secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Turismo, Nelsoir Battisti, já tratavam a respeito. Inclusive, anteciparam que já receberam contatos de empresas interessadas tanto no prédio da empresa, quanto na mão de obra disponível por conta das demissões. Nelsoir acredita que, quem quiser, talvez não pare de trabalhar por mais de um mês, pois devem aparecer oportunidades rapidamente. Mas também haverá aqueles que optarão pelo benefício do seguro-desemprego, antes de buscar uma recolocação.

Autoridades miram receptação

Autoridades municipais se reuniram, na tarde de ontem, para debater a necessidade de fechar o cerco aos receptadores de itens furtados, em especial, por viciados em drogas. O problema é cada vez mais evidente em Venâncio Aires e o prefeito Jarbas da Rosa antecipou que está trabalhando na elaboração de uma legislação que tem como finalidade tornar mais rígido o controle dos pontos de estocagem, processamento, beneficiamento e comercialização de recicláveis, onde normalmente vão parar os itens subtraídos nos mais diferentes locais da cidade.

A iniciativa é muito importante. Não só pelo fato da atenção a uma situação que incomoda a comunidade, mas também no sentido de que pode ser mais um mecanismo para evitar a justiça com as próprias mãos. Recentemente, um vídeo em que um suspeito de furto levava uma surra, em via pública, circulou pelas redes sociais. É verdade que muita gente está cansada de ver o suor do seu trabalho escorrer por entre os dedos – por conta dos prejuízos relacionados aos furtos -, mas a situação não pode chegar a este ponto. E, por isso, a intervenção é necessária.

Estrada Velha para Santa Cruz

Nas férias, dei um pulo em Santa Cruz do Sul, para um compromisso pessoal. Como estava com tempo, optei por ir pela Estrada Velha. E o que vi me deixou muito impressionado. As obras de pavimentação estão andando bem e, em breve, a via deve se tornar uma alternativa muito atrativa para quem precisa acessar a RSC-287. Me chamou a atenção, especialmente, a largura da estrada, o que vai garantir mais segurança para quem trafegar por lá. Talvez gere alguma polêmica em relação a desapropriações – que não tenho certeza se serão necessárias -, mas o asfaltamento entre o bairro Bela Vista e Linha Hansel será algo para ficar marcado na história da Capital Nacional do Chimarrão. Sem contar que o fluxo da região serrana poderá ser desviado da ERS-422 pelo Corredor dos Gauer até a Estrada Velha. Bola dentro.

Rapidinhas

• Por falar em segurança pública, vídeo em redes sociais e pancadaria, ontem rolavam nos grupos de WhatsApp imagens de uma briga na esquina das ruas Osvaldo Aranha e 15 de Novembro. A região é famosa por embates desta natureza, pois é por ali que os jovens, especialmente, se reúnem nos fins de semana. É a velha história: tem gente que não sai para se divertir.

• O Brasil está parado nas eleições presidenciais de 2022. Todo e qualquer assunto termina em “ele não” ou “faz o L”. Incrível a fertilidade da mente de algumas pessoas para levar um debate para a esfera política. Precisamos trabalhar, produzir e torcer para que as coisas melhorem para todos.