Se engana quem pensa que, no recesso, a Câmara de Vereadores de Venâncio Aires fica em paz. Embora os trabalhos deste ano tenham sido encerrados e a retomada só aconteça no dia 2 de janeiro de 2024, os bastidores da Casa do Povo revelam efervescência. E os principais comentários, no momento, estão relacionados à exoneração do assessor parlamentar Robson Parabôa, que desde o começo da atual legislatura é o braço direito do vereador Benildo Soares (Republicanos). A saída dele foi solicitada pelo suplente do partido, Jerri Adriano dos Santos – que assumiu em virtude de Soares ter se afastado para fazer uma cirurgia -, e teve o aval da Mesa Diretora.
Nesta sexta-feira, 22, Jerri conversou com a coluna e disse que pediu a exoneração de Parabôa após verificar que ele estaria se ausentando da Câmara, no horário de expediente (que seria das 7h às 11h), com muita frequência. “Achei estranho que ele não aparecia e fui ver as folhas do ponto. Pedi desde agosto e constatei que tinha muita coisa em branco”, afirmou. Após reunir as informações, Jerri encaminhou a saída de Robson Parabôa, que a partir de 1º de janeiro não constará mais como cargo em comissão (CC) do Poder Legislativo.
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Depois que tomou a decisão, comunicou o presidente e deu sequência ao processo, Jerri não teve contato com Parabôa. Soares, no entanto, segundo ele, pediu a reconsideração da medida. “Eu sou pelo certo e não volto atrás. Se ele (Soares) quiser trazer o assessor de volta, pode fazer quando retornar à Câmara, pois tem total liberdade”, afirmou Jerri. O vereador comentou ainda que integrantes do partido também pediram explicações a Soares sobre a situação, uma vez que, com os comentários se acumulando, estariam com receio de eventuais respingos no Republicanos. “Estou tranquilo em relação à decisão que tomei. Muita gente tem me procurado para parabenizar. Eu estudo muito sobre legislação e ética na política e sou pelo certo”, declarou ele.
No início da semana, quando a coluna soube da repercussão da saída de Parabôa, houve contato com Soares. Na ocasião, ele sugeriu que nada fosse publicado sem que ele tomasse conhecimento da situação. Ao ser indagado sobre os motivos pelos quais não queria a publicidade do episódio – já que, embora seja o titular da cadeira, não tinha sido o responsável pela exoneração -, o vereador licenciado ameaçou buscar a Justiça. “Se sair algo no jornal que eu não tiver te informado, vou tomar as providências legais cabíveis. Não tenho informações, me aguarde”, escreveu.
Depois disso, não houve mais contato, até que nesta sexta-feira, 22, tanto Soares quanto Parabôa foram procurados pela coluna. O assessor parlamentar disse que sua única manifestação seria no sentido de que tem documentado, na Câmara, um acordo para não trabalhar no mês de dezembro e cujas horas seriam compensadas em janeiro. “Isso é público e não tem porque esconder, pois é uma informação que pode ser acessada por qualquer pessoa. Todos sabem que eu tenho a minha empresa de eventos e, em virtude da agenda, fiz esta solicitação, que foi encaminhada juntamente com o Soares e com a direção da Casa”, argumentou Parabôa. Soares, até o fechamento desta edição, por volta das 22h, não respondeu aos contatos.
Rapidinhas
Ainda segue dando o que falar a discussão entre o presidente da Câmara de Vereadores, Gerson Ruppenthal (PDT), e o colega André Kaufmann (PTB). Os dois trocaram farpas assim que a sessão de segunda-feira, 18, a última do ano, encerrou. Há quem diga que o episódio possa render denúncia à Comissão de Ética. É a Casa do Povo na chapa quente.
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Um feliz e abençoado Natal a todos os leitores e suas famílias. Que possamos estar com quem amamos em mais um fim de ano, para que 2024 inicie com a certeza de que teremos mais esperança, paz e amor. Boas festas!
