Ao anunciar que a atual coordenadora da Central de Projetos, Deizimara Souza, é também a nova secretária municipal de Planejamento e Urbanismo, o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) mudou de ideia em relação ao que me disse, no fim do ano passado, quando perguntei se teríamos alguma novidade no primeiro escalão do governo para o início deste ano. Na oportunidade, ele afirmou que tudo ia muito bem, que estava satisfeito e que não via a necessidade de fazer mudanças no secretariado. Por isso, surpreendeu a alteração confirmada na manhã de ontem, antes da reunião de secretários, que é tradicionalmente realizada nas segundas-feiras. Às 10h, a assessoria de comunicação já havia distribuído o release com a informação no grupo da imprensa.
Deizimara, todos sabem, é um excelente quadro técnico e tem todas as condições de comandar uma pasta. Aliás, já fez isso na gestão do ex-prefeito Airton Artus (PDT), quando esteve à frente da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp). Expert na gestão de projetos, é muito respeitada na Prefeitura e, como o próprio Jarbas disse, está sendo valorizada em razão da excelência do trabalho que presta ao Município. O prefeito ainda revelou que vinha pensando a respeito da mudança nos últimos meses e, quando indagado sobre os motivos que o levaram a tomar definitivamente a decisão, foi bastante enfático e direto: “O motivo é uma questão de otimizar os técnicos na gestão do governo. Isso pode acontecer a qualquer momento, sempre que eu achar necessário”.
Ao mesmo tempo que anunciou Deizimara, Jarbas agradeceu o trabalho que foi desempenhado pelo secretário que sai, o advogado Gustavo Von Helden. Afirmou que “o time está ganhando”, mas mesmo assim precisava de ajustes para ser ainda mais eficiente. Von Helden vai para a assessoria administrativa da Secretaria de Desenvolvimento Rural, cargo que é de segundo escalão e, obviamente, não remunera como o de secretário. Por outro lado, poderá voltar a advogar, o que não era possível quando estava no primeiro escalão. Contudo, é certo que não gostou de ter sido substituído. Agradeceu pela oportunidade, mas afirmou que foi pego de surpresa com a mudança. “Vamos em frente”, declarou.
Nos bastidores, corre a informação de que o prefeito se viu forçado a nomear Deizimara como secretária, sob pena de perdê-la para Rio Pardo, de onde teria vindo uma proposta para integrar o primeiro escalão. E, como a Secretaria de Planejamento e Urbanismo está diretamente relacionada com a Central de Projetos, esta seria a decisão mais sensata. Sobrou para Von Helden, que perdeu o posto mesmo sob elogios do comandante do Executivo. Ontem, Jarbas comentou que não deve fazer outras mexidas: “No momento, fica nisso. Até uma chamada extraordinária”.
Rapidinhas
• O fim de semana em Venâncio Aires e região, na área da segurança pública, foi um dos mais movimentados dos últimos tempos. Houve uma série de acidentes – dois deles com registros de mortes -, desenrolar de sequestro, prisões e várias outras ocorrências. A violência causa cada vez mais medo nas pessoas.
• Gerson Ruppenthal (PDT) comandou ontem a primeira sessão como presidente da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires. Foi justamente a reunião extraordinária convocada por ele a pedido do prefeito Jarbas da Rosa (PDT). Na oportunidade, o Legislativo aprovou, por maioria, a revisão anual do funcionalismo. Ezequiel Stahl, Diego Wolschick e Clécio Espíndola, o Galo, todos do Mais Brasil, votaram contra o projeto, sob a justificativa que não poderiam aumentar o próprio salário e não queriam reajuste para prefeito, vice e secretários. Para os servidores, acham justa a reposição das perdas.
• O Campeonato Municipal de Veteranos, promovido pela Assoeva, está movimentando as praças esportivas nos sábados à tarde. No fim de semana, estive no Onze Unidos, no Edmundo Feix e no Santa Tecla e todos os locais estavam cheios de atletas e espectadores. Isso porque, embora municipal, o certame admitiu equipes de várias outras cidades. E os jogos são de alto nível.
• Embora esteja há quase oito anos em Venâncio Aires e tenha muito carinho pela Assoeva e pelo Guarani, assim como por todas as demais coisas desta terra que me acolheu, não criei um vínculo afetivo inquebrável com o Estádio Edmundo Feix – como muitos têm – a ponto de ser irreversivelmente contra uma negociação da área que, todos sabemos, é nobre. Contudo, se a diretoria resolver aceitar a proposta que se apresenta, ainda informalmente, da Via Atacadista, que seja ‘amarrado’, além da construção do novo estádio, a quitação das dívidas do clube. Aí, me parece, terá sido bom negócio.