Oanúncio do governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), de que o município de Venâncio Aires será contemplado com 40 unidades habitacionais a serem repassadas a famílias atingidas pelas enchentes foi muito comemorado por aqui. O prefeito Jarbas da Rosa (PDT) e demais integrantes da Administração receberam a notícia com empolgação, pois foi a primeira confirmação de um gestor de que recursos serão definitivamente empregados em ações para minimizar o drama que é vivido por centenas de pessoas na Capital do Chimarrão neste momento. As residências serão construídas na área do antigo Instituto Penal de Mariante (IPM), que foi cedida ao Município e cujos 5,7 hectares poderão se tornar endereço de outras moradias que forem anunciadas.
Na Câmara de Vereadores, a base governista repercutiu a notícia com euforia. A exceção foi Clécio Espíndola, o Galo (MDB), que já tinha dito que estava “sentido” com Jarbas – pelo fato de o prefeito ter anunciado que não construirá estabelecimentos públicos de saúde e educação em Vila Mariante, localidade onde o parlamentar reside e empreende. Galo garante que não vai sair de Mariante e tenta estimular outras pessoas a fazerem o mesmo, embora a maioria dos moradores do segundo distrito tenham pedido tudo – ou quase tudo – em razão do avanço do rio Taquari, recentemente.
Galo também pediu atenção do Executivo em relação à ocupação da área do antigo IPM. Teme que a região sofra com a insegurança, pois de acordo com ele, há atuação, em Vila Estância Nova, de pessoas ligadas a detentos da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). Era o que faltava para a oposição se manifestar e fazer o assunto ‘bombar’. Vários parlamentares que não apoiam a atual gestão comentaram sobre as possibilidades de a região virar um ‘barril de pólvora’. Pela situação, eles foram apontados como agentes políticos que querem prejudicar a Administração e ‘tocar terror’ nas famílias que pensam em se mudar para a região. É assunto que ainda vai render muito, mas muito mesmo.
Estrada precária em Linha Cipó
Moradora de Linha Cipó, no interior de Venâncio Aires, Luciane Inês Simsen fez contato com a redação integrada da Folha do Mate e Terra FM para pedir ajuda na divulgação das precárias condições em que se encontram as estradas, especialmente na localidade onde reside. De acordo com ela, “as vidas de todos os moradores têm sido impactadas”, o que reflete no desenvolvimento das comunidades. Luciane entende que o momento de pós-enchentes e chuvaradas é delicado, entretanto aponta que a falta de manutenção contribui para o agravamento dos problemas. “O tráfego é perigoso e dificulta o acesso aos serviços essenciais”, observa.
Ela enviou uma série de imagens que comprovam o que diz. Como o espaço aqui é curto, estou deixando as fotos de lado, mas assinando embaixo da manifestação. “É urgente que as autoridades competentes se mobilizem para realizar melhorias nas estradas do interior, garantindo assim a segurança e o bem-estar de todos que dependem dessas vias. Além disso, estradas em boas condições são fundamentais para o escoamento da produção agrícola e para o desenvolvimento econômico das regiões rurais. Todos temos direito a uma infraestrutura de transporte segura e eficiente. Espero que está situação melhore o quanto antes”, conclui.
Rapidinhas
É incrível que, em 2024, com toda a liberdade de expressão que se defende, pessoas que respondem por setores públicos queiram omitir informações da imprensa. Ou pior, por estarem investidas de funções importantes, se achem no direito de dizer que não autorizam esta ou aquela divulgação. Deviam ter mais respeito pelos profissionais da área de comunicação, pois eles também passam longos anos estudando e sabem das suas responsabilidades. Tem sempre a galera que acha que jornalismo todo mundo pode sair fazendo, e que está completamente enganada.
“As pessoas tinham que acompanhar mais as sessões da Câmara de forma presencial. Imaginem se todos soubessem que, diversas vezes, parlamentares que quase brigam no plenário saem dando risada e se abraçando no fim das reuniões”. A reflexão veio de uma pessoa que tem o hábito de marcar presença nos encontros do Poder Legislativo e que se incomoda quando depara com este tipo de situação. Classifica a postura dos políticos que agem desta forma como “desrespeitosa”. “É um grande teatro, uma maneira descarada de passar uma imagem que não é a sua, originalmente, na tentativa de enganar a comunidade”, diz a fonte.