Airton Artus (PDT) é nome certo na corrida por uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul no ano que vem. Isso ele mesmo tem feito questão de deixar muito claro e é algo totalmente natural. Só que, na última semana, novos nomes começaram a ser cogitados para o pleito de 2026, e todos eles são de mulheres. Suplente de vereadora do PSB, Sandra Wagner confirmou sondagem da executiva estadual do partido para disputar uma vaga no Palácio Farroupilha. Ela ocupa cargo na Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e não descarta se lançar candidata, o que garantiria um cenário de disputa local com Artus.
Já para a Câmara Federal, quem pode aparecer como opção é Alessandra Ludwig (PDT), que trabalha as bandeiras da causa animal e do empoderamento feminino. No caso dela, quem tenta o convencimento é o deputado federal Pompeo de Mattos (PDT), que entende que o viés da causa animal, principalmente, não tem uma representação bem definida na sigla. Por fim, não se pode esquecer da vice-prefeita reeleita Izaura Landim (MDB), que há muito tempo é ‘provocada’ pela legenda para concorrer a deputada federal. Se bem que já ouvi dizer por aí que Izaura está satisfeita com o que conquistou na sua caminhada política e teria como prioridade, no momento, consolidar o nome do filho, Ricardo Landim (MDB), atual secretário de Desenvolvimento Rural. Ela figura também para eventual candidatura ao Executivo em 2028, mas tudo indica — pelo menos, até agora — que não estará no cenário.
Governo, oposição e presidência
Os ‘pegas’ entre o presidente da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, Dudu Luft (PDT), e Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), rendem episódios todas as segundas-feiras. O último que presenciei envolveu o também oposicionista Ezequiel Stahl (PL), pois os parlamentares falavam sobre o arquivamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Colchões e também a respeito da condução dos trabalhos no Poder Legislativo.
“Na real, o que incomoda vocês, que já estão no segundo e terceiro mandatos, é que eu cheguei agora e já sou presidente, coisa que vocês querem e não conseguem ser”, provocou Luft. Muchila e Stahl deram risada e minimizaram o fato de o novato ter a possibilidade de comandar a Casa do Povo logo depois da primeira vitória nas urnas. E a oposição vai ter que conviver com presidentes governistas até o fim da atual legislatura.
Os próximos serão Nelsoir Battisti (PSD), Gilberto dos Santos (MDB) e outro vereador do PDT: Alessandra Ludwig, Everton Dias ou Luciana Scheibler. Sempre lembrando que Tiago Quintana (PDT), atualmente na Secretaria de Governança e Gestão, pode retornar à Casa para ser presidente no último ano. Ele é o nome do partido para a próxima eleição a prefeito e, se essa condição se confirmar, não poderá ficar no primeiro escalão. Na Câmara, as atividades podem ser desenvolvidas sem qualquer prejuízo.
Battisti: duas sessões na semana
Sobre a queixa da oposição — em especial de Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB) — relacionada às sessões em que o período das Comunicações não é realizado em razão do tempo, Nelsoir Battisti (PSD), líder de governo na Câmara, faz o seguinte comentário: “Somos um grande município e temos muitas pautas importantes. Estou de acordo de termos duas sessões ordinárias semanais, mas aí tenho certeza que o ‘mimimi’ vai ser maior, porque alguns não querem trabalhar”.
Vira e mexe, a bancada governista na Câmara de Vereadores é apontada por supostamente adotar a estratégia de alongar as participações durante os encontros, geralmente quando os parlamentares de oposição têm temas delicados para tratar na tribuna. Como regimentalmente há tempo máximo para as reuniões, as Comunicações ‘pagam o pato’. Mas, e aí? Seria uma boa alternativa a Câmara de Vereadores ter duas sessões na semana? Aguardo manifestações.
Rapidinha
“Não tem nada de concreto, ainda.” Essa foi a resposta da vereadora Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos) ao tópico publicado neste espaço, dando conta de que ela pode voltar ao primeiro escalão do prefeito Jarbas da Rosa (PDT). Hoje, o Republicanos comanda a Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Social, com Camilla Capelão.