Depois de algum tempo aceitando, de certa forma, os ataques da oposição, sem grandes reações a respeito dos temas tratados no Legislativo, a base governista parece ter resolvido dar o troco nos adversários. E a resposta veio, principalmente, na voz da vereadora Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT), que na sessão de segunda-feira, 7, criticou com veemência a postura da oposição, no sentido de desconstruir tudo o que de bom é feito de bom pela atual Administração e de disseminar informações como se nada fosse bem em Venâncio Aires.
O principal alvo dela foi o vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), que não passa uma sessão sem fazer críticas pesadas ao governo. Ana chegou a chamá-lo de irresponsável, levando em conta o fato de que ele está diminuindo a conquista do plantão pediátrico, por exemplo. “Eu quase não acredito que estou ouvindo um vereador eleito pela comunidade reclamar de um serviço prestado pela Prefeitura. Quer que a gente não atenda as pessoas, então? O tempo de torcer contra já era. Este é um tipo de política ultrapassada”, disparou. Os pedetistas Gerson Ruppenthal e Luciana Scheiber, além de Claudete Cittolin (PSD) e Claidir Kerkhoff Trindade (União Brasil) concordaram com Ana Cláudia.
Garcia põe liderança à disposição
César Garcia (PDT) deve deixar a liderança de governo na Câmara em breve. Na sessão de segunda-feira, 7, ele colocou o cargo à disposição do prefeito Jarbas da Rosa (PDT), com quem pretende conversar ainda esta semana para encaminhar a saída. O clima entre ele e colegas de partido ficou insustentável depois que Garcia afirmou que não compactua com medidas como a tomada pelo presidente da Casa do Povo, Gerson Ruppenthal (PDT), que teria alterado data de documentos no sistema do Legislativo no episódio de convocação do secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Sid Ferreira, e dos coordenadores da Defesa Civil e da Patrulha Agrícola, Luciano Teixeira e Rodrigo VT, respectivamente, que ocuparam a tribuna, recentemente, para rebater ataques da oposição relacionados aos problemas das cheias e enxurradas.
No dia em que os três participaram da sessão do Legislativo, foi registrado o episódio do esvaziamento do Plenário Vicente Schuck. Além dos oposicionistas e de Garcia, outros dois integrantes da Mesa Diretora – Claidir Kerkhoff Trindade (União Brasil) e Benildo Soares (Republicanos) – deixaram a reunião e, assim, Ruppenthal ficou sozinho. No encontro seguinte, o presidente disse que entendeu a postura dos colegas como “falta de respeito” e cobrou o líder de governo para que “fizesse o seu papel”.
Agora, Garcia sustenta que, quando foi provocado para assumir o desafio da liderança de governo, comentou com Jarbas sobre a incompatibilidade de horários, em razão das atividades como empresário. “Mesmo assim, insistiu para que eu tivesse a experiência. Contudo, acho que já é hora de deixar alguém competente assumir a função”, ironizou o vereador, que foi o único do partido a votar a favor da Moção de Repúdio de Diego Wolschick (PTB) contra o próprio PDT, por denúncia que culminou com a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Rapidinhas
• Fake news, gato por lebre e falta com a verdade. Os termos foram usados por Renato Gollmann (PTB), em manifestação relacionada ao plantão pediátrico que começou a funcionar no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). Ele se referiu ao fato de o serviço ter sido iniciado sem médicos pediatras – que estão em falta no mercado – e com clínicos gerais. Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT) foi quem rebateu Gollmann e os demais vereadores de oposição que concordaram com ele. “Não podemos ser irresponsáveis e tratar uma conquista assim. O plantão pediátrico era uma demanda da comunidade que foi abraçada pela Administração. Só na primeira semana, 150 crianças foram atendidas”, comentou ela.
• Claidir Krkhoff Trindade (União Brasil) aproveitou um comentário sobre a Conferência Municipal de Assistência Social, realizada na sexta-feira, 7, para fazer ponderações em relação à Secretaria de Saúde. Ela disse que não concorda com a “terra arrasada” feita por alguns colegas de Câmara. Segundo a parlamentar, o atendimento na área está mais humanizado, todas as 21 unidades de saúde contam com médicos e a unidade móvel e grupos de hipertensos foram reativados, entre outras ações da pasta. “Não sou de tapar o sol com a peneira, mas o trabalho da Secretaria da Saúde não está ruim. Na verdade, está é muito bom”, argumentou Claidir.